Blog do Flavio Gomes
Pequim 2008

MEXICAN WAVE?

PEQUIM (fácil) – Intervalo de jogo aqui no Estádio do PT, também conhecido como Workers Stadium. Belo estádio, construído em 1959 como parte dos festejos de dez anos da fundação da República Popular da China, era o maior da cidade até erguerem o Ninho. Tem capacidade para 60 mil pessoas sentadinhas da silva, e se você […]

PEQUIM (fácil) – Intervalo de jogo aqui no Estádio do PT, também conhecido como Workers Stadium. Belo estádio, construído em 1959 como parte dos festejos de dez anos da fundação da República Popular da China, era o maior da cidade até erguerem o Ninho. Tem capacidade para 60 mil pessoas sentadinhas da silva, e se você quiser saber mais, clique aqui que tem tudo, menos eu na foto, como aí do lado.

O Brasil está ganhando da Nigéria, 3 a 1. Futebol feminino, que é um jogo meio feio de ver porque as mulheres não sabem jogar bola direito, sejamos francos. Tropeçam, dão trombadas, são meio desajeitadas e relutam em matar no peito.

Mas uma coisa é preciso dizer: se esforçam e correm mais do que qualquer marmanjo, tem muito vagabundo em time grande que precisa ver jogo de futebol feminino para entender o que é empenho e dedicação. Elas também sofrem para praticar o esporte, que não tem estrutura alguma no Brasil. A CBF vive prometendo que vai fazer alguma coisa, mas não faz picas.

E é preciso que se diga, sim, que algumas batem uma bola mais redondinha, como a Marta e, hoje, a Cristiane, que fez os três gols do Brasil e um deles foi lindo, de bicicleta. Cristiane que, segundo a ficha que me entregaram, tem 23 anos e joga no Linkopings da Suécia, a terra do meu SAAB. Se eu morasse na Suécia, teria um monte de SAABs.

Putz, no fim quase esqueci o que queria contar. É que o placar eletrônico, no meio do primeiro tempo, mandou a mensagem: “Let’s do the Mexican wave!”, o que pode ser livremente traduzido como “vamos fazer a ola, putada!”, e a chinesada toda mandou bem na ola, um pouco descoordenada, mas não ficou feia, não.