O Brasil está ganhando da Nigéria, 3 a 1. Futebol feminino, que é um jogo meio feio de ver porque as mulheres não sabem jogar bola direito, sejamos francos. Tropeçam, dão trombadas, são meio desajeitadas e relutam em matar no peito.
Mas uma coisa é preciso dizer: se esforçam e correm mais do que qualquer marmanjo, tem muito vagabundo em time grande que precisa ver jogo de futebol feminino para entender o que é empenho e dedicação. Elas também sofrem para praticar o esporte, que não tem estrutura alguma no Brasil. A CBF vive prometendo que vai fazer alguma coisa, mas não faz picas.
E é preciso que se diga, sim, que algumas batem uma bola mais redondinha, como a Marta e, hoje, a Cristiane, que fez os três gols do Brasil e um deles foi lindo, de bicicleta. Cristiane que, segundo a ficha que me entregaram, tem 23 anos e joga no Linkopings da Suécia, a terra do meu SAAB. Se eu morasse na Suécia, teria um monte de SAABs.
Putz, no fim quase esqueci o que queria contar. É que o placar eletrônico, no meio do primeiro tempo, mandou a mensagem: “Let’s do the Mexican wave!”, o que pode ser livremente traduzido como “vamos fazer a ola, putada!”, e a chinesada toda mandou bem na ola, um pouco descoordenada, mas não ficou feia, não.