Blog do Flavio Gomes
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O PACOTÃO DE DEZEMBRO

SÃO PAULO (estou atrasado) – Vamos tentar colocar a casa em ordem por aqui, porque acabei de chegar de Interlagos. Hoje foram divulgadas as medidas para cortar os custos da F-1. O “pacotão de dezembro”, em linhas gerais, acaba com os testes (e com os pilotos de testes, por supuesto), define que os motores terão […]

SÃO PAULO (estou atrasado) – Vamos tentar colocar a casa em ordem por aqui, porque acabei de chegar de Interlagos. Hoje foram divulgadas as medidas para cortar os custos da F-1. O “pacotão de dezembro”, em linhas gerais, acaba com os testes (e com os pilotos de testes, por supuesto), define que os motores terão de durar três finais de semana de GP e terão seu regime de giros limitado a 18 mil rpm (era de 19 mil) e restringe o uso de túneis de vento (algo que consome milhões, pelo custo/hora). A FIA e a FOTA esperam que os orçamentos das equipes sejam reduzidos em até 30% com tais medidas.

Sistema de pontuação e formato do treino que define o grid poderão mudar, em função dos resultados de uma pesquisa que a FIA deve colocar em seu site. A idéia das medalhas não está descartada.

Para 2010, definidos o fim do reabastecimento e das mantas térmicas para aquecer pneus. Essas são medidas mais voltadas para as corridas do que para a redução de gastos. Motores-padrão também vão existir, provavelmente feitos pela Cosworth, para que os times independentes possam comprá-los a preços módicos. Mas quem quiser continuar fazendo o seu, continua. Falam também em diminuir o tamanho das corridas, que hoje têm 305 km, em média, de percurso.

Também em linhas gerais, acho que tudo é bem pertinente, até o fim dos testes, embora seja meio esquisito um esporte em que o atleta não pode treinar. Mas no caso da F-1 se justifica. Uma coisa é você treinar o dia inteiro numa pista de atletismo. O custo é o das sapatilhas, que vão gastar e esgarçar. Colocar esses carros para andar o dia todo, porém, custa uma bala. Azar dos pilotos de testes. O resto, motores, rpm e túneis de vento, não afetará em nada o público. Esperemos pelos pontos e pelos treinos de classificação.

O que há de positivo nisso tudo é que houve consenso entre FIA e equipes, nenhum racha político e a evidente preocupação de todos em conter a gastança desenfreada.