Espero que a derrota nâo vire justificativa para mais uma montadora japonesa se afastar das competições, depois de Honda, Subaru, Suzuki, Kawasaki e Hiroshi (este, o pasteleiro da feira perto de casa que anunciou o fim das atividades de sua barraca por causa da crise).
O Dacar dos pampas e adjacências (Andes, Atacama e La Bombonera), segundo os participantes, foi tão difícil, ou mais, que suas edições africanas. Felizmente os perigos extrapista, como grupos guerrilheiros ensandecidos, pajés destemperados e tribos nômades canibais, não afetaram a prova. Mas a dificuldade do percurso e o desconhecimento do clima na região complicaram as coisas, causando um número de abandonos bem maior do que esperado.
Foram três mortes computadas, sendo uma delas de competidor, o motociclista francês Pascal Terry. Agora, o evento passará por rigorosa avaliação dos organizadores, suponho, para que possa voltar em 2010 melhorado, talvez menos perigoso e mais bem elaborado, sei lá.
Isso se for aqui mesmo, porque ninguém ainda falou abertamente sobre um afastamento definitivo da África. Aguardemos os ecos do Dacar-2009 e, também, o retorno dos brasileiros à pátria amada, para ouvir deles o que acharam.