Blog do Flavio Gomes
F-1

BARENITAS (5)

SÃO PAULO (hoje vou de Fiat) – Bem, as coisas ficaram mais claras, mesmo, com o segundo treino no Bahrein. A Toyota, que camelou no deserto na pré-temporada, teve o desempenho mais consistente, andando na frente o tempo todo com Trulli e Glock. Só no final a dupla dos Corolla foi superada pelo leão-de-sexta Rosberguinho, […]

SÃO PAULO (hoje vou de Fiat) – Bem, as coisas ficaram mais claras, mesmo, com o segundo treino no Bahrein. A Toyota, que camelou no deserto na pré-temporada, teve o desempenho mais consistente, andando na frente o tempo todo com Trulli e Glock. Só no final a dupla dos Corolla foi superada pelo leão-de-sexta Rosberguinho, 1min33s339, o mais veloz do dia, e por Alonso, que levou seu Logan à segunda posição depois de ficar quase a tarde inteira em último. Fernandinho ficou a 0s191 de Nico. Trulli, que terminou em terceiro, ficou 0s277 atrás do líder.

Vettel, no calor de 36ºC barenita, ficou em quarto. Webber foi o quinto. E Button foi o sexto. Até aí, tudo normal. Três da Gangue dos Difusores, um genérico (Alonso) e dois do MSD (Movimento Sem Difusor), a dupla da Red Bull. Apenas para registrar, Barrichello acabou o dia em nono e Piquet-pimpolho, em 15º.

Foi na sétima colocação que apareceu a surpresa do dia, Adrian Sutil, da Force India. Que se manteve na primeira metade do pelotão por quase toda a sessão. O time está usando um difusor genérico, também. Fisichella ficou em 12º, mostrando que a pecinha ajuda. O grande barato é que já está embaralhando tudo, carros “difusados” e “não-difusados” alternando bons e maus desempenhos.

Só quem mantém sua incrível regularidade é a Ferrari. Massa terminou o treino da tarde em 16º e Raikkonen foi o 18º (nos tempos agregados, os dois ficaram nas duas últimas posições). O brasileiro ficou 1s225 atrás de Rosberg e o finlandês foi 1s331 mais lento. “O que é um segundo numa escala de tempo universal?”, argumentou Raikkonen. “Um dia tem 86.400 segundos, por que é que vocês têm de implicar justamente com esse segundinho que nos separa da glória?”, continuou, dirigindo-se aos jornalistas. “Um mês tem 2.592.000 segundos e vocês só querem saber desse!”, levantou a voz. “Um ano tem…”, e aí todo mundo foi embora.

Menos filosófico, Felipe fez um detalhado relatório sobre o desaparecimento da chave de seu carro (o que fez com que demorasse muito a ir para a pista no segundo treino), exigindo que a equipe coloque nos boxes um porta-chaves em lugar visível. “Não dá para largar o chaveiro em qualquer canto, toda hora some. Ou penduramos atrás da porta, como lá em casa, ou que eles deixem comigo a chave reserva, porque eu tenho um daqueles chaveiros com mosquetão e não perco nunca.” O assunto seria discutido no meeting com os engenheiros ao longo da tarde.

Já o chefe Stefano Domenicali, com ar contrito, foi econômico nas declarações. “Precisamos entender por que os pneus de nossos carros estão carecas. Se eu andasse assim na rua, me multavam.”