Briatore, se gostasse de verdade do esporte e das corridas, deveria estar comemorando o fato de uma equipe estreante liderar o Mundial. Ele fez um pouco disso com a Benetton lá atrás, no início dos anos 90, embora não entendesse picas de automobilismo — como hoje, aliás; ele entende, e muito, da política que cerca a F-1 e olhe lá.
Flavio está de saco cheio, isso sim. Por isso saiu falando bobagens. Jean Todt ficou de saco cheio e saiu em silêncio. Ron Dennis ficou de saco cheio e montou uma fábrica de carros. Alguns, como Eddie Jordan, Paul Stoddart, Giancarlo Minardi, Jackie Stewart, Tom Walkinshaw e Peter Sauber, não estavam propriamente de saco cheio, mas por um motivo ou outro foram levados a abandonar o barco.
É a fila que anda . E Briatore, diga-se, tem como aproveitar bem seu tempo, se resolver parar de se aborrecer com o mau-humor de Alonso e o peso-morto de Nelsinho. Embora seja meio metido a besta, adepto de um universo cheio de frescuras e grifes caras, é divertido e pode se regenerar. Poderia pegar a namorada (será que é essa?) e sair pelo mundo numa Kombi. Tenho certeza que iria gostar.