– A vitória de Vettel foi incontestável. Mas quase que Buemi lhe tira o pirulito da boca. Deu muita sorte o alemão. E deu sorte também o suíço, que de bobo não tem nada. Foi um dos destaques da corrida. Mas como é feio, o rapaz… Ao lado de Kubica, forma uma dupla assustadora.
– Não entendi a parada precoce de Alonso na sétima volta, ainda sob safety-car. Na prática, largou em último. E ele tinha mais combustível do que aquilo. Depois, veio se recuperando, fez belas ultrapassagens, mostrou sua proverbial habilidade na chuva, mas o prejuízo já era muito grande e o esforço foi em vão. Vou esperar suas primeiras declarações para saber o que aconteceu.
– Falando em cara de bunda, e a de Webber no pódio?
– Button fez uma corrida esperta. Não arriscou nada, porque sabe que tem um campeonato para ganhar. Largou atrás de Barrichello e depois que ganhou a posição do brasileiro, sumiu. Rubens, por sua vez, fez uma corrida muito apagada, aquém daquilo que se espera de um piloto que tem a justa fama de andar bem na chuva. Sua escapada no início foi fatal, e chegou de novo atrás do companheiro. Com seis pontos de desvantagem para Button, e diante da aproximação iminente da Red Bull, é bem provável que a Brawn comece a fazer escolhas logo, logo. Do tipo: se houver dois pratos de macarrão para o almoço e molho para um só, Jenson fica com o molho.
– Hamilton é uma delícia de ver na chuva. Passa todo mundo com maestria e coragem, depois roda sozinho, perde todas as posições que ganhou, passa todo mundo de novo e roda mais uma vez. O resultado é que chegou atrás até de Kovalainen, que finalmente disputou um GP nesta temporada. Lewis ainda precisa conter seu ímpeto.
– Menção honrosa para Glock, que saiu lá de trás para pontuar. E para Massa, que aos poucos vai apagando a imagem de ruim de chuva. Não iria ganhar, nem subir ao pódio. Mas se terminasse, chegaria nos pontos com um carro que não merece isso.
– É detalhe bobo, mas notei. A gigantesca Sinopec, estatal petrolífera da China, não patrocinou essa corrida. No pódio, apareceu Petronas — outra estatal de petróleo, mas da Malásia. É a crise, é a crise.