Blog do Flavio Gomes
Indy, IRL, ChampCar...

HELINHO

SÃO PAULO (nasceu de novo) – Só vi, não escutei (pelo jeito, ainda bem; fico imaginando quantas vezes Recife foi confirmada como sede de uma corrida da Indy, quantas vezes Vitinho foi citado, quantas vezes o locutor oficial do canal 13 se esgoelou e disse que tinha certeza de que Helinho e sua família etc…), […]

SÃO PAULO (nasceu de novo) – Só vi, não escutei (pelo jeito, ainda bem; fico imaginando quantas vezes Recife foi confirmada como sede de uma corrida da Indy, quantas vezes Vitinho foi citado, quantas vezes o locutor oficial do canal 13 se esgoelou e disse que tinha certeza de que Helinho e sua família etc…), mas fiquei muito feliz com a vitória de Helio Castro Neves (chega dessa viadagem de Castroneves, pelo menos aqui) em Indianápolis.

É a maior volta por cima de um atleta brasileiro em todos os tempos, algo que talvez só tenha paralelo com o que aconteceu com Maurren Maggi e Ronaldo — uma que ficou suspensa por doping um tempão para virar campeã olímpica, outro que arrebentou o joelho três vezes, saiu catando travecos e se transformou em ídolo do Corinthians.

Helinho, dois meses atrás, tinha como perspectiva de vida passar alguns bons anos na cadeia, tamanhas as dimensões do processo movido contra ele nos EUA. Estava fora da Penske, era dado como futuro presidiário, estava condenado à falência. Mas foi inocentado, correu no mesmo fim de semana, chegou o maio das 500, fez a pole e ganhou a prova.

É um espanto, e é muito bacana ver alguém renascer assim. O que aconteceu hoje em Indianápolis, diante de centenas de milhares de pessoas no autódromo e milhões pela TV, é muito mais significativo do que a vitória de Button em Mônaco, do que qualquer resultado no futebol (exceto a vitória da Lusa ontem), do que qualquer outra coisa que tenha acontecido no esporte mundial neste fim de semana. Primeiro, pela importância que as 500 têm naturalmente. Depois, pela incrível história recente de Helinho.

Leite nele, pois!