Blog do Flavio Gomes
F-1

KEBABS (6)

SÃO PAULO (agora deu fome) – E o resto, nesta classificação turco-otomana? A Ferrari deixemos para depois, quando Gola Profonda telefonar para explicar estes medíocres sexto e sétimo lugares para Raikkonen e Massa, pela ordem. A segunda degola deixou pelo meio do caminho Heidfeld, Nakajima, Glock, Kovalento e Sutil. Tudo normal. Menos Glock, já que […]

SÃO PAULO (agora deu fome) – E o resto, nesta classificação turco-otomana? A Ferrari deixemos para depois, quando Gola Profonda telefonar para explicar estes medíocres sexto e sétimo lugares para Raikkonen e Massa, pela ordem.

A segunda degola deixou pelo meio do caminho Heidfeld, Nakajima, Glock, Kovalento e Sutil. Tudo normal. Menos Glock, já que Trulli, nessa parte do treino, fez um temporal, 1min27s195, quase desbancando Vettel. Foi legal o Q2, com os tempos caindo como pedrinhas de dominó nos instantes finais, quando a pista claramente atingiu sua melhor condição de temperatura, umidade, pressão e simpatia.

No Q3, o italiano, conhecido também como Jarno Troglia, conseguiu um bom quinto lugar. É o primeiro dos Outros, considerando que Red Bull e Brawn, hoje, são a Dharma. Não entendeu nada? Assista “Lost”. (Sim, eu sei que faltou uma preposição “a”, “assista a ‘Lost'” seria o correto, mas bem que poderiam ter mudado a condição formal deste verbo na última reforma de nosso querido idioma. Essa preposição está caindo de podre, coitada. O problema é que a reforma foi ortográfica, não gramatical. Assim, a preposição fica.)

Os brawnies, aliás, começaram a colocar as manguinhas de fora já no Q1, com Button em segundo e Barrichello em terceiro. No Q2, o inglês ficou em terceiro e Rubens, em sétimo. E na hora de a onça beber água, Jenson se classificou de novo na frente do brasileiro, que foi buscar sua volta rápida numa sequência de quatro, e com pneus duros. A questão borrachística em Istambul está dando dor de cabeça aos engenheiros. Os pneus moles não seguram a onda em muitas voltas. Nem em poucas. Mas alguns conjuntos piloto-carro conseguiram tirar velocidade do chiclete. Vai ser engraçado na corrida.

No Q3 (sem nenhuma McLaren, como são as coisas…), Webber, Button, Vettel e Barrichello travaram uma ótima disputa, variando os melhores tempos em cada parcial e buscando a pole com muita garra e emoção, gente. Minhas anotações estão meio gays, cheias de pontos de exclamação. É meio ridículo anotar as coisas para você mesmo com pontos de exclamação. Preciso rever isso.

Enfim, pela ordem, nas duas primeiras filas, Red Bull-Brawn, Brawn-Red Bull. Quem ganha? Webber não ganha. Esse não ganha nunca. Descartemo-lo. Barrichello, pelas leis da probabilidade, não deve ser considerado com alta cotação. Talvez tenhamos alguma conjunção planetária rara neste fim de semana, e aí suas chances aumentam. Ainda mais que está usando um “triângulo de força” com pulseiras e colares adesivos, como mostrou a repórter Tatiana Cunha, da “Folha de S.Paulo”, no jornal de hoje. Rubens deve estar parecendo um pai-de-santo macumbeiro da peste. Será que fala “mizifio”?

Sobram Button e Vettel. Ontem eu disse ao meu professor de ginástica, enquanto corria na esteira, algo que detesto, que ia ganhar o Vettel. Estava passando o treino na TV e ele veio me perguntar quem ganharia a corrida (todos me perguntam isso), e como o Vettel é que estava aparecendo na tela naquela hora, disse Vettel. Se estivesse aparecendo o Sutil, diria Sutil.

Assim, vou torcer para o Vettel. Porque assim, segunda-feira, meu professor de ginástica dirá a todos os outros alunos que eu entendo pacas.