Blog do Flavio Gomes
F-1

MINARDI, 25

SÃO PAULO (boa lembrança) – O blogueiro Pedro Medeiros não deixou a data passar em branco. Na semana passada, dia 7, fez 25 anos da estreia da querida Minardi na F-1. Foi no GP do Brasil de 1985 com um único carro, de Pierluigi Martini. “Éramos 10 pessoas em Jacarepaguá”, lembra Gian Carlo Minardi em […]

SÃO PAULO (boa lembrança) – O blogueiro Pedro Medeiros não deixou a data passar em branco. Na semana passada, dia 7, fez 25 anos da estreia da querida Minardi na F-1. Foi no GP do Brasil de 1985 com um único carro, de Pierluigi Martini. “Éramos 10 pessoas em Jacarepaguá”, lembra Gian Carlo Minardi em texto publicado neste site aqui, em italiano. “A Lotus estreou na F-1 neste ano com 68 pessoas nos boxes”, compara o simpático dono de revenda de caminhões que tem no automobilismo sua grande paixão.

A Minardi existiu com esse nome até a temporada de 2005, quando foi vendida para a Red Bull e virou Toro Rosso. Foram 340 GPs disputados e 38 pontinhos marcados, suados e muito comemorados. O melhor ano foi em 1991, sétima colocada no Mundial.

Nos seus últimos tempos, o time foi conduzido pelo australiano Paul Stoddart, que comprou a esquadra de Faenza no começo de 2001. E manteve o nome, numa justíssima homenagem à história minardiana.

Nesses anos todos, lembro de uma passagem ótima, num GP da França, acho que em 2003. Chovia, e naquele ano o treino de sexta valia para a formação do grid — um sistema meio complicado que previa que o primeiro treino determinava ordem de entrada na pista no dia seguinte, algo assim. No fim da sessão a pista secou e os pilotos da Minardi, Jos Verstappen e Justin Wilson, conseguiram aproveitar os últimos segundos da sessão para virar tempos melhores do que todos, com pneus “secos”.

Ficaram em primeiro e segundo, mas Wilson perdeu seu tempo porque o carro estava 2,5 kg abaixo do peso, já que os pneus de chuva pesavam mais, e com os secos a equipe esqueceu de colocar um pequeno lastro. Foi um dia de cinderela para a Minardi, de qualquer forma, que fechou a sexta com o primeiro lugar, de Verstappen.

Foi uma festa nos boxes. De todas as equipes, diga-se.

A foto abaixo é de Martini em 1985, em Spa. Não encontrei nenhuma do Rio naquele ano. Mas o blogueiro Felipe Antunis achou, e está aqui. Fica a homenagem a um dos times mais legais de todos os tempos. Aquele que, como dizia Stoddart, garantia o salário de todo mundo das outras equipes. “Alguém precisa ficar em último”, ele me disse num almoço na Alemanha. “E se não formos nós, o que esses caras da Toyota vão dizer aos seus chefes, gastando o que gastam?”

Era a mais pura verdade.