Blog do Flavio Gomes
Tecnologia

IMPERDÍVEL

SÃO PAULO (eu tive!) – O Victor Lagartto mandou a notinha assinada por Thiago Brizola, no site da “Folha”. Ontem foi reaberto o Museu do Computador no Centro de SP, depois de três anos fechado: A mostra reúne computadores, livros, jogos e assessórios, todos com no mínimo duas décadas de fabricação. O projeto teve início […]

SÃO PAULO (eu tive!) – O Victor Lagartto mandou a notinha assinada por Thiago Brizola, no site da “Folha”. Ontem foi reaberto o Museu do Computador no Centro de SP, depois de três anos fechado:

A mostra reúne computadores, livros, jogos e assessórios, todos com no mínimo duas décadas de fabricação. O projeto teve início em 1998 quando o curador do museu, José Carlos Valle, começou a recolher as primeiras peças. Entre elas está um disco de armazenagem com mais de 60 quilos da década de 1950. As peças estarão em exposição de segunda à sexta-feira, das 10h às 17h e sábado das 10h às 14h. O museu fica na Galeria Continental, na rua dos Andradas, 237 (centro). A entrada custa R$ 2.

Tem um vídeo ótimo aqui. O último Toshiba que aparece é igual ao primeiro que usei quando trabalhava na “Folha”. Isso foi pelos idos de 1991. Lembro que quando me dobrei a eles e deixe o telex de lado, fui cobrir um GP no México. Putz grila. A gente escrevia, conectava numa linha telefônica e despachava o material à espantosa velocidade de 1.200 kb por minuto, ou segundo, sei lá.

Na sala de imprensa do Hermanos Rodriguez não havia linha privada para todo mundo, e custava muito caro. As ligações, no entanto, eram locais. A gente assinava, no jornal, um serviço chamado Infonet, que possuía números em todas as cidades, para os quais o computador tinha de discar. Acho que essa Infonet existe, ainda.

Posso estar enganado, mas foi naquele ano em que o Senna capotou na Peraltada. Escrevi correndo feito um doido, porque o fuso horário era desfavorável, e corri para a central telefônica onde podia pegar uma cabine, conectar o bendito Toshiba e mandar meus textos.

Putz grila.

Quando cheguei à central telefônica, anexa à sala de imprensa, juro que vi algo parecido com isso aí do lado. Duas operadoras, duas!, para um milhão de repórteres desesperados. E aquele painel cheio de cabos elásticos, plugs, uma zona dos diabos. Nunca iria dar certo. Não deu, mesmo.

Voltei ao telex, e foi assim até o fim daquela temporada, quando aposentaram as máquinas de telex. Devo ter sido um dos últimos a usá-los.