Blog do Flavio Gomes
Automobilismo brasileiro

PRENSA NÃO!

SÃO PAULO (que frio da peste!) – A história enviada pelo João Vitor Stuchimendes merece ser contada. Porque ilustra bem o descaso das montadoras instaladas no Brasil com seu patrimônio. Vejam só: No último final de semana de maio aconteceu um evento aqui em São José do Rio Preto, da Renault. Tivemos circo para as crianças, cursos […]

SÃO PAULO (que frio da peste!) – A história enviada pelo João Vitor Stuchimendes merece ser contada. Porque ilustra bem o descaso das montadoras instaladas no Brasil com seu patrimônio. Vejam só:

No último final de semana de maio aconteceu um evento aqui em São José do Rio Preto, da Renault. Tivemos circo para as crianças, cursos de direção defensiva para os adultos e muitos test-drives. Mas as estrelas desse evento foram dois carrões, um deles o Mégane F1 Team, 2.0T, 225 cv. O segundo carro, um Clio Sport V6, raríssimo por aqui, tem uma história de partir o coração dos apaixonados por supercarros. E tem um herói também.

Ele veio ao Brasil, junto com um segundo carro igual, para participar de eventos e ser o safety-car da Copa Clio. Depois de cumprida sua missão, teve como destino a prensa da fábrica! Isso aí, ia ser destruído, mas um rapaz que trabalha na Renault (infelizmente não tenho o nome dele) que cuida destes eventos o salvou e convenceu o pessoal da marca a disponibilizar o carro para demonstrações. E este espécime raro e caro sobreviveu. Como o mundo não é perfeito, o segundo carro já era, não sobrou nem o cheiro e foi prensado.

Será que você ou um dos muitos leitores sabem mais sobre a história do carro? Será que, com mais sorte ainda, alguém aí poderia confirmar esta história da prensa?

Só para constar, é um Clio V6 legítimo, francês, nunca licenciado. E a frente, que era da antiga, foi trocada pela atual na própria fábrica no Paraná.

Bem que alguém da Renault poderia aparecer aqui para contar o que aconteceu, não? E para se defender… Porque não dá para acreditar que uma fábrica mande um carro desses para a prensa assim, sem mais, nem menos. Essas empresas não têm presidentes? Diretores que gostem de carros? Se é verdade que um Clio V6 igual a esse da foto virou ferro-velho, quem estava à frente da Renault na época merece ser deportado para o Zimbábue. Custava alguma coisa guardá-lo num canto da fábrica? Funcionar o motor de vez em quando? Doar par ao Museu do Automobilismo do Trevisan?