SÃO PAULO (e assim tudo vai acabando) – Como não lembrar das provas do Mundial de Motovelocidade em Goiânia? Autódromo lotado, os melhores pilotos do mundo, muita mídia, TV, jornais, rádios… Nem faz muito tempo. Quando foi? De 1987 a 1989? Eu estava na “Folha”. Isso mesmo, fim dos 80. Mandávamos dois repórteres e fotógrafo. Cobertura ampla, geral e irrestrita. E os pilotos? Eddie Lawson, Kevin Schwantz, Randy Mamola, Wayne Gardner…
Pois o autódromo de Goiânia, de responsabilidade do governo do Estado, virou palco de raves, rachas e abrigo para drogados. Tudo clandestino, fora da lei. Este é o automobilismo brasileiro, tão bem gerenciado pela CBA. “Ah, o autódromo não é da CBA!”, vai dizer alguém. Não é. Mas uma confederação que fecha os olhos para tais desgraças não merece ser chamada de confederação.
