O Mundial do ano que vem terá 20 etapas e disso não passa. Entra a Índia para se juntar aos 19 deste ano. Em 2012 chega Austin, no Texas. Alguém vai dançar. E quando entrar a URSS, outro alguém dança.
Anotem: o Brasil é um ótimo mercado para a F-1, um país emergente, de economia forte e promissora, se conseguir escapar da Opus Dei, da TFP e dos fundamentalistas de bico comprido. Mas não tem um autódromo do jeitinho que a F-1 gosta, e isso fará, cada vez mais, que Interlagos corra risco.
Eu acho que Interlagos está bom demais para ter corrida de qualquer coisa. Claro que dá para melhorar, mas não é preciso erguer templos envidraçados para o culto ao desperdício como se fez na China, na Turquia, no Bahrein, em Abu Dhabi, e será feito na Coreia, na Índia e no fim do mundo. Ocorre que é esse tipo de coisa que está virando padrão. E, por isso mesmo, palcos mais antigos passarão a correr risco iminente.
Resumindo: em médio prazo, Interlagos está ameaçado, sim, de deixar o calendário. Outras praças que precisam se cuidar são Silverstone (sempre), Melbourne e Montreal.