Blog do Flavio Gomes
F-1

SUZUKAS (4)

SÃO PAULO (dormir é bobagem) – E foi assim: Vettel fez a pole de manhã, almoçou e ganhou a corrida de tarde. Como nada de excepcional aconteceu, a Red Bull fez dobradinha. Webber está contando os dias para o Mundial terminar. Alonso fez o que podia e ficou em terceiro. E a McLaren começou a […]

SÃO PAULO (dormir é bobagem) – E foi assim: Vettel fez a pole de manhã, almoçou e ganhou a corrida de tarde. Como nada de excepcional aconteceu, a Red Bull fez dobradinha. Webber está contando os dias para o Mundial terminar. Alonso fez o que podia e ficou em terceiro. E a McLaren começou a dar adeus ao título, com Button em quarto e Hamilton em quinto.

Agora, separados por menos de uma vitória estão apenas Webber, 220, Alonso e Vettel, 206. Hamilton foi a 192 e Button tem 189. Éramos cinco na briga, agora somos três, a três provas do final. A McLaren pode até dar um brilhareco numa dessas corridas, mas não será suficiente para desbancar o trio da frente.

O GP japonês não foi daqueles inesquecíveis. A largada registrou duas grandes barbeiragens, de Petrov sobre Hülkenberg e de Massa sobre Liuzzi. Os quatro deixaram a corrida, e um pouco antes, indo para o grid, Di Grassi bateu sozinho e arrebentou o carro. A Virgin, tuitando, disse que não há sinais de que algo tenha acontecido com o automóvel. Deu uma tucanada para dizer que Lucas fez alguma cagada. Mas foi esquisita a batida. Deu a impressão de que alguma coisa quebrou no carro, sim.

Kubica, que tinha largado bem, perdeu uma roda ainda durante o safety-car acionado para retirar os corpos dos quatro acidentados. E daí em diante nada mais de muito importante aconteceu. Button, que largou com pneus duros e adiou a parada, chegou a liderar, mas depois do pit stop caiu para a mesma quinta posição em que estava no início. Só chegou na frente de Hamilton porque o companheiro perdeu a terceira marcha.

Houve uma briga legal entre Schumacher e Rosberg, mas o veterano não conseguiu passar. Até Nico perder uma roda, também, e bater.

Isso foi o GP do Japão. Mas teve o GP do Kobayashi. O cara salvou a madrugada. Passou Alguersuari duas vezes, jantou Barrichello e Heidfeld, lutou feito um desesperado, terminou em sétimo. É talentosíssimo e, coisa muito rara, não faz muita análise de conjuntura para tentar uma ultrapassagem. Vai e passa. Sem a menor cerimônia, e sem pedir por favor. É um mito.

Vettel venceu pela terceira vez no ano, oitava na carreira. Em seis delas largou na pole. Foi muito seguro e constante durante a prova toda e é uma ameaça mais do que real a Webber. O canguru ainda tem 14 pontos de vantagem e, com a cabeça no lugar, pode ser capaz de administrá-la. Mas não pode se dar o luxo de ficar chegando atrás de Tião Alemão, cujo sorriso parece ser mais sedutor para a Red Bull do que o ar severo do australiano.

A corrida foi ruim, mas o campeonato continua bom.