SÃO PAULO (tentarei) – Estava eu à janela domingo passado quando vi passarem sob meus olhos dezenas de Lambrettas e Vespas, uma mais linda que a outra, em direção ao aeroporto de Congonhas. Sem saber direito o que era aquilo, minha primeira reação foi de indignação: pô, como alguém faz um passeio de Lambrettas e não me chama? Ainda mais agora que a minha está tinindo com o sidecar reformado?
Bem, ninguém é obrigado a saber que tenho Lambretta, foi o que ponderou meu bom-senso. Verdade verdadeira. E não é culpa de ninguém que você é desinformado, seguiu o bom-senso. Idem. Mas é uma pena, eu adoraria ter participado.
Aí, durante a semana, o Osmani Souza, guardião das minhas motonetas, me falou desse grupo superlegal, a Scooteria Paulista, que fez um passeio até Interlagos. Deixaram a turma sete horas tomando chá de box até liberar a pista, o que considero uma sacanagem inominável. Mas, mesmo assim, pelos depoimentos do site, todos amaram, não arredaram pé, sentiram-se nos céus com mais de 30 scooters antigos rodando pelo asfalto sagrado de Interlagos.
Terça-feira os “scooteiros” farão novo passeio, temático e sensacional. No aniversário da cidade, vão percorrer sítios históricos para o futebol paulista. Passarão pelo Pacaembu, Canindé, Morumbi, Parque Antarctica, Rua Javari, com largada às 9h da praça Charles Miller. Farei de tudo para ir, desta vez.