Blog do Flavio Gomes
Stock Car

E OUTRO LADO AINDA

SÃO PAULO (são muitos) – “O principal problema é que o carro não tem tecnologia suficiente para andar na chuva.” A frase é de Galid Osman, piloto da Montana que, curiosamente, eu esculhambei aqui menos de um mês atrás no episódio do Diego Nunes, o piloto da Stock que acha legal andar de moto a […]

SÃO PAULO (são muitos) – “O principal problema é que o carro não tem tecnologia suficiente para andar na chuva.” A frase é de Galid Osman, piloto da Montana que, curiosamente, eu esculhambei aqui menos de um mês atrás no episódio do Diego Nunes, o piloto da Stock que acha legal andar de moto a 300 km/h na estrada no meio de outros carros. Faça-se um parêntese. Na verdade, naquela ocasião foi o irmão do piloto a vítima de meu “bullying” bloguístico, pela mensagem que mandou. Galid, o piloto, me telefonou à época para se desculpar e foi muito gentil. Fechado o parêntese.

Mas isso não importa. Importam, sim, os depoimentos dos pilotos da Montana sobre essa questão da visibilidade dos carros. O diretor de prova, Sérgio Berti, afirmou ao Felipe Paranhos que havia condições para dar a largada. De fato já vi corrida com muito mais água do que essa. O problema é que os pilotos, nesses carros, não enxergam. Isso precisa ser urgentemente resolvido. Não se pode lançar pilotos em voo cego com carros de 350 hp.

Podem estar achando que estamos falando demais desse caso. Que acidentes acontecem e tal. Bem, sobre isso, tudo que posso dizer é que o bom jornalismo nos obriga a ouvir todos, e é o que estamos fazendo no Grande Prêmio, num trabalho exemplar da nossa equipe. Todos têm direito à palavra: médicos, pilotos, dirigentes, direção de prova, construtores, ex-pilotos. Todas as partes estão sendo ouvidas, exceto a curva, pobre curva do Café, indefesa e silenciosa.