Digo “pobre” porque Webber, coitado, está em baixa, macambúzio, ofuscado pelo brilho esfuziante de Tião Alemão. Se tem uma chance de recuperar a autoestima, é nesse GP da Espanha. Se fizer a pole, dá um passo enorme para ganhar pelo menos uma corrida neste ano. Em 20 edições da prova em Barcelona, 16 tiveram o pole no alto do pódio. É uma taxa altíssima, numa pista de ultrapassagens difíceis e corridas chatas.
Chata, porém, a gente já sabe que essa não vai ser. Talvez não seja a zona da Turquia, com seus 81 pit stops para troca de pneus. Mas também não vai ser o porre que tem uma média histórica de 2,5 ultrapassagens por corrida, de acordo com umas estatísticas publicadas pela Mercedes nesta semana.
Nos treinos de hoje, só a McLaren andou perto da Red Bull. A Ferrari liderou o segundo pelotão, 1s atrás. Mercedes, Sauber e Renault ficaram ali perto dos vermelhos e a briga parece restrita aos rubrotaurinos e mclarianos. De acordo com a Pirelli, o festival de paradas em Barcelona será mais modesto. Os caras colocaram um pneu duro mais resistente nessa prova, o mesmo composto que Lucas di Grassi tinha testado alguns dias atrás. O circuito catalão é o primeiro do ano que a Pirelli já conhece, porque boa parte dos testes de pré-temporada aconteceram lá. Austrália, Malásia, China e Turquia eram novidades absolutas para os italianos.
Por fim, apenas uma menção à Hispania. Seus tempos, hoje, ficaram além da margem dos 107%. Karthikeyan e Liuzzi, se a corrida fosse hoje, não largariam. É bom que se cocem para não dar vexame em casa.
Mais tarde voltamos com outras novidades.