Blog do Flavio Gomes
Indy, IRL, ChampCar...

PROGRAMA DE INDY (6)

ÂIN-ÊIN-BY – Danado, esse Will Power. Terminei de gravar minhas coisinhas para a TV, primeiro no pódio, depois no S do Samba, depois nas garagens, e estava lá fazendo os offs (quando o repórter fala e não aparece, sacam?) na imensidão do auditório Elis Regina quando ele passou tranquilo, ao lado de um assessor. Saltei […]

Foto Bruno Terena

ÂIN-ÊIN-BY – Danado, esse Will Power. Terminei de gravar minhas coisinhas para a TV, primeiro no pódio, depois no S do Samba, depois nas garagens, e estava lá fazendo os offs (quando o repórter fala e não aparece, sacam?) na imensidão do auditório Elis Regina quando ele passou tranquilo, ao lado de um assessor.

Saltei feito um raio, o Fábio ligou a câmera, cheguei no cabra e perguntei se ele tinha dois segundos para a ESPN. “ESPN?”, e estancou. Para a ESPN esses caras falam, não são bobos. Mas o assessor mala, carregando uma mala, diga-se, nem quis saber. “No, no”, e foram embora. Mas o Will Power deu uma dura no cara.

Não faz mal, já tínhamos ouvido o rapaz falando sobre sua incrível sequência de três vitórias no Sambódromo. Seria só uma cerejinha no bolo. A matéria foi sem cereja, mesmo. Power é um cara que destoa um pouco da maioria dos pilotos índicos, que são bem atrapalhados. Largou na pole e só ficou atrás de Dixon um pouquinho, até que ele tivesse de fazer sua última parada. Power guia tranquilo, bonito, não se apavora com a quantidade monumental de merdas que acontecem atrás dele.

E foram muitas na corrida de agora há pouco, mas todas depois da primeira batida, de Bryan Riscoe, irmão de Ryan Briscoe, sozinho. Até então, a prova estava meio sonolenta. Mas relargadas com esse S no fim da passarela do samba são garantia de fortes pancadas. Vi três delas de frente para o crime. Os caras chegam muito rápido, com carros pesados e diferença de piso na freada, numa curva estreita com zebras altíssimas. Bem bolado, como diz meu pai. O povo urra, é o maior barato.

A corrida ficou bem melhor a partir dessas bandeiras amarelas. Num certo momento, Antonie, Rú-Binhô! e Bia estavam em quarto, quinto e sétimo. Mas os dois primeiros foram vítimas da estratégia quase sempre equivocada de seu time. Bia se envolveu no congestionamento das últimas voltas, com oito carros, e também ficou para trás.

Hé Liocas Troneves acabou sendo o melhor brasileiro na Marginal, quarto colocado, tendo largado lá atrás. Tirando Power, claro, soberano, ele e Takuma Sato, primo da Sabrina, foram os destaques. O japa terminou em terceiro.

Como sempre, tivemos um simpático mico no pódio. Entregaram umas cervejas “premium” (que cazzo é uma cerveja “premium”?) aos primeiros colocados, mas ninguém conseguia abrir as garrafas. Esqueceram do abridor. Incrível como quem organiza essas coisas não pensa em necessidades básicas como abrir a garrafa. Já imaginaram um sujeito desses ser o responsável por um churrasco num sítio ermo e longe de tudo? Esqueceria o carvão.

O troféu, ao menos, ficou muito bonito e em boas mãos.