É incrível. O Carnaval do Rio virou essa merda que virou por causa dos enredos patrocinados. Mas isso é uma realidade, não sei se tem volta. É governo de Estado, é empresa, é país, é até pessoa física comprando a alma das escolas para que elas tenham dinheiro para desfilar. Então, pergunto: qual o critério para se determinar que um patrocínio pode e outro não? E até onde vai o poder da Globo para vetar um enredo?
A VW tem tanto direito de comprar um samba quanto, sei lá, o Maranhão. E até que a escolha do Fusca faz sentido. Não teria cabimento, por exemplo, contar a história do Jetta na Sapucaí. Mas falar do Fusca não é algo tão despropositado. O carro faz parte da história dos brasileiros, não faz?
O mundo está uma chatice, em resumo. Já disse que quando eu for presidente do mundo esse negócio de desfile patrocinado será proibido. Mas como não sou ainda, a Globo é, continuam em vigor essas papagaiadas. Isso pode, aquilo não pode, o dinheiro manda.
Ah, é claro que a Globo vai dizer que não vetou nada.