Claro que essa é uma conta besta e simplista. Serve apenas para se ter uma base da diferença de performance. Que, mais uma vez, é confirmada com a presença de Webber em segundo, a pouco mais de 0s1 do companheiro.
Ano passado, Vettel já fizera um Grand Chelem na Índia — essa é a denominação para o piloto que consegue, num mesmo fim de semana, fazer pole, melhor volta, vencer e liderar todas as voltas, além de apresentar o macacão mais cheiroso, os cabelos mais bem arrumados, a cueca mais limpinha e o sorriso mais alvo. Foi um domínio absoluto que está com cara de se repetir agora.
Buddh é um circuito bacana, embora a prova do ano passado tenha sido chata. A pista tem uma reta-tobogã e uma entrada de box mais rápida que a maioria das curvas de Hungaroring. O clima é que é esquisito: calor abafado, aquela néova espessa meio Blade Runner e um público minguado. Sou a favor de preços populares para as sextas-feiras na F-1. Levar escolas, abrir os portões para mulheres, fazer qualquer coisa para encher as arquibancadas. É muito triste ver arenas (argh) esportivas vazias. Em qualquer modalidade.
O dia, hoje, trouxe poucas novidades. Uma delas foi uma gripe inventada para Pérez, que assim não andou no primeiro treino livre. Foi só ele espirrar com a poeira dos boxes que a equipe já chamou os médicos, tirou a febre, colocou um lenço com álcool no seu pescoço e convocou Gutiérrez para seu lugar. Ele, como todos sabem, será o substituto de Checo no ano que vem. O outro piloto será Hülkenberg (anúncio em poucos dias) e Kobayashi, pelo andar do riquixá, vai voltar a fazer sushi no restaurante do pai.
Vettel e Webber disputarão a pole amanhã cedinho. O resto vai ficar por ali, admirando as vacas sagradas.