Interlagos não corre grandes riscos, embora Bernie não vá cair em depressão se a prova tiver de sair de São Paulo por alguma razão — que pode ser, por exemplo, a recusa da Prefeitura em arcar sozinha com a construção de novos boxes e paddock. O diagnóstico é: o público da corrida paulistana é pequeno, coisa de 50 mil pessoas, algo que cabe em qualquer lugar. E essa turma que vem para Interlagos tem grana para ir a Santa Catarina, se precisar. É um público envelhecido, inclusive, que assiste a todos os GPs há anos, e que vai achar mais legal ficar perto da praia, do sol e das loiras catarinenses (não estou sendo machista, nem sexista aqui; quem vai ao Setor G sabe como são tratadas as mulheres e conhece o naipe dos ogros e trogloditas que frequentam essa arquibancada “popular”) do que ter de continuar a enfrentar o trânsito e o concreto de São Paulo, se a F-1 sair daqui. Em resumo: ninguém vai reclamar demais.
Mas como o Brasil está por cima da carne seca, com dinheiro e economia aquecida, Ecclestone vê com simpatia a ideia de duas etapas de seu calendário por aqui.
E o GP do Mercosul não é o único assunto, claro, da #35. A Revista está recheada, como sempre, com reportagens e entrevistas de fôlego para vocês se divertirem neste mês. De graça.