Mas não se animem demais. O atual quadro do Mundial é: Red Bull em velocidade de cruzeiro, Vettel só fazendo conta para ver quando comemora o título e outras equipes pensando em 2014. Se der para beliscar uma vitória aqui ou um pódio ali, muito que bem. Mas sem muito esforço, que não vale a pena. Se não der, dane-se.
A verdade é que todo mundo tirou o pé, diante da superioridade rubrotaurina que ficou ainda mais clara nas últimas corridas. É um campeonato em contagem regressiva. Ninguém está investindo em desenvolvimento dos carros atuais, até porque quase nada do que for usado neste ano poderá ser aplicado em 2014, com um regulamento todo novo. Melhor mesmo pensar no futuro, que o presente já era.
Claro que o discurso “ainda não jogamos a toalha” segue em voga nos comunicados oficiais. Foi o caso de Alonso hoje, sexto no segundo treino livre. Massa ficou em 15°. Não jogam a toalha porque nem toalha têm mais para jogar. Acabou, no máximo lencinho de papel, passa a régua e vamos para a próxima. Vettel enfiou 1s no terceiro colocado, Rosberguinho, ao final do dia. Ou da noite. E quase 1s5 em El Lerdón de Las Astúrias. Vai ter briga?
Pode até ser na luta pela pole amanhã, já que o histórico da Mercedes neste ano é bem bom. Mas não se iludam mais uma vez. Nota-se um certo desânimo em Hamilton, o que afeta sua pilotagem. A esperança de um arranque pós-férias ficou para trás.
Vettel venceu as últimas duas edições da corrida. Alonso ganhou aquela de 2008, a do escândalo com Nelsinho, e em 2010. Hamilton faturou em 2009. Nada indica que alguém possa derrotar o alemão domingo. Seremos obrigados a ver o rapaz com seu capacete pintado de purpurina levantar mais um troféu. Nada contra Vettel. Tudo contra o capacete horroroso.
Fora da pista, o assunto foi a declaração de Martin Whitmarsh sobre um possível interesse pela volta de Alonso. Não há. Perguntaram se ele gostaria e ele disse que sim, claro. Se perguntassem a ele se gostaria de comer morangos com calda de chocolate, também responderia que sim, mesmo sabendo que engorda.
Falta de assunto, em resumo.