Blog do Flavio Gomes
Automobilismo brasileiro

A LOMBADA

SÃO PAULO (vamos aos carros) – A imagem abaixo é de Raphael Raucci decolando em Brasília no fim de semana, numa prova do moribundo Campeonato Sul-Americano de F-3. Moribundo porque tinha seis carros no grid. Moribundo porque a categoria está em vias de extinção há anos, e não é só no Brasil. A tendência nos […]

SÃO PAULO (vamos aos carros) – A imagem abaixo é de Raphael Raucci decolando em Brasília no fim de semana, numa prova do moribundo Campeonato Sul-Americano de F-3. Moribundo porque tinha seis carros no grid. Moribundo porque a categoria está em vias de extinção há anos, e não é só no Brasil. A tendência nos monopostos-escola, hoje, é de categorias promovidas, técnica ou esportivamente, por montadoras. Exemplo maior vem dos campeonatos da Renault na Europa. A F-3 que hoje corre no Brasil, infelizmente, não serve para nada. Os meninos até aprendem a dirigir carros potentes. Mas são seis. Sete, no máximo dez, de vez em quando. De um universo de meia-dúzia, só por milagre vai sair alguém que leve a carreira adiante.

Mas essa é outra discussão.

A decolagem de Raucci, felizmente, não teve consequências para o piloto. Mas ela é o ato final de uma comédia de erros que tem como atores principais os dirigentes do automobilismo brasileiro. E como palco, essa decrépita pista de Brasília.

Para saber o que aconteceu, e tentar entender aquela lombada do lado de fora da zebra, algo inédito no automobilismo mundial, leiam a coluna Conta-giro do Renan do Couto.

A CBA não se pronunciou. Ontem, quando o Renan ligou para o presidente da entidade, ouviu dele que estava rouco e indo ao médico para cuidar da garganta.

ATUALIZANDO…

Aqui tem o vídeo onboard do carro do Raphael. Realmente, essas lombadas são uma estupidez inacreditável. E os pilotos e as equipes deveriam ter se recusado a andar com aquilo ali. Mas segue a pergunta: quem foi a besta que inventou isso?