Blog do Flavio Gomes
Gira mondo

GIRA MONDO, GIRA

SÃO PAULO (quanto tempo…) – Não, não vou elaborar grandes teorias sobre o recém-nomeado “rei do camarote”, o sujeito que foi “descoberto” pela “Vejinha” e que gasta 50 mil dilmas numa balada, um pouco mais, um pouco menos. Cada um gasta o dinheiro que tem como quiser, e se ele for ganho honestamente, não vejo […]

SÃO PAULO (quanto tempo…) – Não, não vou elaborar grandes teorias sobre o recém-nomeado “rei do camarote”, o sujeito que foi “descoberto” pela “Vejinha” e que gasta 50 mil dilmas numa balada, um pouco mais, um pouco menos. Cada um gasta o dinheiro que tem como quiser, e se ele for ganho honestamente, não vejo problema algum se o cara quer torrar pagando champanhe para os outros, na maioria gente que nem conhece, e fazer papel de bobo publicamente, exibindo sua Ferrari e suas roupas de grife, achando que isso, como ele diz, “agrega valor” ao que quer que seja.

Quando assisti ao vídeo abaixo, não tive sentimento algum em relação à gastança e à futilidade de tudo. Nem de inveja, nem de indignação, nem de raiva, nada. Achei até engraçado o jeito que o cara fala, os conceitos nos quais acredita e tal. É meio espantoso alguém de quase 40 anos ser tão bobo, mas esse é um julgamento meu: o cara é bobo. E ele pode achar o mesmo de mim, que coleciono carros velhos. Portanto, sem julgamentos. O Eike Batista, até outro dia, era incensado pela “sociedade” por ser um empreendedor, um visionário, um isso, um aquilo, e torrava dinheiro do mesmo jeito, podem ter certeza. Prova de que julgamentos baseados na superfície de nada valem. De novo, cada um que gaste com o que bem entender.

Mas uma coisa me chamou a atenção, e agora são vocês que vão me achar, talvez, bobo, ou ingênuo. Vocês devem ter notado as garrafas de champanhe com pequenos sinalizadores fazendo faísca, é assim que elas chegam aos camarotes, às dezenas, e suponho que isso seja mais comum do que eu, que não vou a baladas, imagino. Então, me pergunto, e juro que é a única coisa que me importa nessa frivolidade toda: como é que isso ainda é feito, e permitido, e aceito, depois do que aconteceu em Santa Maria?

O resto, sinceramente, não me importa em nada. Não faz parte do meu mundo.

ATUALIZANDO…

Rola um papo por aí que o cara não existe, alguém pregou uma peça na “Veja”, o que me fará procurar um médico para que me ajude a parar de rir. Isso à parte, a história das garrafas de champanhe que soltam faíscas não me entra na cabeça, então não retiro uma linha do que escrevi acima. Até porque se o “rei do camarote” do vídeo for mesmo “fake”, também é fato que sujeitos como ele existem. Aos montes.