SÃO PAULO (e ganhou bem) – E não é que Barrichello levou o milhão e a primeira vitória na Estoque? Pois foi agora pela manhã em Goiânia, numa boa corrida, muito tática e estudada, na qual a história dos botões de ultrapassagem foi fundamental. Saber usar foi o segredo. Numa prova de duas paradas (uma obrigatória) e 50 minutos de duração, apenas 0s186 separaram Rubens de Thiago Camilo, o segundo colocado (e hoje, na opinião deste modesto escriba, o piloto de Turismo/Protótipos-com-cara-de-carro mais preparado e cerebral do país). Essa diferença mostra que a categoria, aos trancos e barrancos, encontrou uma direção e aos poucos entra no prumo. Faz tempo que não falamos aqui de carenagens voadoras, pilotos se esfregando deslealmente, tampas de bueiro que rasgam pneus, lombadas nas áreas de escape etc. O autódromo estava bonito, o público me pareceu muito bom, a corrida teve bom nível técnico.
Foi um ótimo domingo de sol e velocidade no centro-Oeste, em resumo. E Barrichello mereceu a vitória. Foi preciso, não cometeu erros, sua equipe atuou bem nos pit stops e a experiência do piloto valeu bastante nos momentos decisivos. Sua alegria ao lado do filho no pódio era genuína e juvenil, como se tivesse vencido pela primeira vez na F-1. Uai, e por que não? Vitória é vitória.
Além do mais, o campeonato está bom, com uma disputa sem favoritos e de desfecho imprevisível por conta das rodadas duplas.
Viram como dá para ser legal, quando se quer?
