Blog do Flavio Gomes
Futebol

ACABA, MUNDO

SÃO PAULO (não façam isso) – Hoje já é dia 8. Segundo a informação enviada pelo Iván Bianchin via Facebook, a ADC Rigesa pode acabar hoje. É o time onde joguei, onde passei alguns dos melhores anos da minha vida. É o melhor time de Valinhos, um dos melhores da região de Campinas, talvez o […]

SÃO PAULO (não façam isso) – Hoje já é dia 8. Segundo a informação enviada pelo Iván Bianchin via Facebook, a ADC Rigesa pode acabar hoje.

É o time onde joguei, onde passei alguns dos melhores anos da minha vida.

É o melhor time de Valinhos, um dos melhores da região de Campinas, talvez o melhor do universo.

É parte da história do futebol brasileiro. Sim, brasileiro. Campeão amador do Estado, pedra no sapato de Ponte e Guarani quando Ponte e Guarani eram… bem, eram Ponte e Guarani, gigantes, os melhores times do mundo.

A Rigesa pertence à MWV, MeadWestvaco, americana, por óbvio. Preocupada com números, balanços, lucro, lucro, lucro. “Nós ganhamos nossa força dos nossos 16.000 funcionários ao redor do mundo. Estamos em todos os lugares em que nossos clientes estão – operando unidades em 30 países e divulgando nossos produtos em todos os continentes. Não importa onde estejamos fazendo negócios, nós atuamos com foco nos valores essenciais, na sustentabilidade e na contribuição para as comunidades em que vivemos e trabalhamos”, diz um texto na página da empresa.

Senhores, valores essenciais, neste país, passam pelo futebol. Pela história de um clube, de uma cidade, de milhares de pessoas. Talvez menos que seus 16 mil funcionários, OK. Mas certamente essa história custa menos que seus bilhões de faturamento.

Não matem a história por dinheiro. Não matem o futebol por causa de um balanço financeiro. Não matem meu passado, por favor.