Blog do Flavio Gomes
F-1

POUTINES (2)

SÃO PAULO (vamos, Juve!) – Sempre rola uma desgracinha, né? Pois os pobres coitados bafejados pelo azar hoje em Montreal foram Massa e Vettel. Ambos tiveram problemas em seus carros e foram degolados no Q1 que formou o grid para o GP do Canadá. Felipe perdeu potência no motor. O carro se arrastava tanto que […]

pputineSÃO PAULO (vamos, Juve!) – Sempre rola uma desgracinha, né? Pois os pobres coitados bafejados pelo azar hoje em Montreal foram Massa e Vettel. Ambos tiveram problemas em seus carros e foram degolados no Q1 que formou o grid para o GP do Canadá. Felipe perdeu potência no motor. O carro se arrastava tanto que nem colocar a sexta marcha (são oito) na enorme reta ele conseguia colocar. Ainda não sei quais as explicações da Mercedes.

Como também não sabemos ainda o que rolou na Ferrari. Vettel saiu para a pista e logo foi chamado de volta. O carro ficou nos boxes até o finalzinho do Q1, mas ninguém mexia em nada. Computadores, apenas? Mensagens secretas? Bilhetinhos? Sebastian lá dentro, o carro parado, mecânicos olhando, até que mandaram o alemão para a pista. Fez o 16º tempo e parecia estar dirigindo uma Fiorino. Foram cortados, portanto, Tião Italiano, Massacrado, Leroy Merhi, Cat Stevens e Bonitton — que nem treinou.

Na frente, uma espécie de milagre: não deu Mercedes. Grojã cravou o melhor tempo,l 1min15s833. Verdade que com pneus supergosmentos. Hamilton e Rosberg não precisaram de tanto. Mas a Lotus começava a mostrar serviço. Outro que acabou merecendo algum crédito foi Nasr. O brasileiro da Sauber, no terceiro treino livre, fez daquelas barbeiragens que só a idade, mesmo. Aquecendo os pneus, em zigue-zague, enfiou o carro no muro. Bateu forte, mas não se machucou. Ainda assim, com o carro terminado aos 44 do segundo, foi para o Q1 e conseguiu passar de fase — ainda que ajudado pelos infortúnios de Vettel, Massa e Button.

O Q2 foi o cartão de visitas de Lewis, que com 1min14s661 evaporou o tempo da pole do ano passado (1min14s874, de Rosberguinho). Nico ficou 12 milésimos de pentelhésimos atrás. Ninguém faria frente à Mercedes, o que era óbvio. A brincadeira era tentar adivinhar qual dos dois faria a pole. E quem seria o primeiro dos outros: Raikkonen ou Grosjean? Ferrari e Lotus estavam na briga. A Williams, só com Sapattos, primava pela discrição.

[bannergoogle] Rodaram no Q2, pela ordem, Sainz Idade, Verstappinho (que ainda tomou punição por troca de motor, acidente em Mônaco, espinha na testa e não ter escovado os dentes depois do café; nem sei em que lugar larga), Sonyericsson, El Fodón del Japón e Felipe II. Não é coincidência o fato de que sete dos dez carros que foram ao Q3 usarem motores Mercedes. Nas retas enormes de Montreal, as unidades de força alemãs massacraram as unidades de fraqueza da Honda, Ferrari e Renault. Só Massa, dos oito mercêdicos do grid, não passou por problemas técnicos. Até a Force India mandou seus dois pilotos à fase final da classificação.

E foi muito tranquilo para Comandante Amilton fazer sua sexta pole no ano, 44ª da carreira. Com um temporal de 1min14s393, forçou Rosberguinho a tentar o que não sabe. Na primeira tentativa, Nico ficou 0s309 atrás. Na segunda, não melhorou — assim como Lewis, que acabou ficando com o tempo da primeira volta. Kimi Dera Ele Quebrasse Sempre ganhou o duelo dos outros e ficou com o terceiro lugar no grid, seguido por Sapattos, Grojã, Maldanado, Hulk, K-Vyado, Ricardão e Maria do Bairro.

Nico disse que seu Q3 foi “um lixo”, ainda pelo rádio. De fato, depois de andar tão perto de Hamilton em todos os treinos, às vezes na frente, terminar o sábado mais de três décimos atrás foi esquisito. Tinha lá seus motivos para estar zangado. O momento no campeonato é bom para ele, depois de duas vitórias seguidas, encurtando a vantagem do companheiro na classificação para apenas dez pontos. Mas para manter o “momentum”, como gostam de dizer os pilotos, seria interessante bater o inglês de novo.

Não será fácil, porém.