Blog do Flavio Gomes
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O VOYAGE DELES

SÃO PAULO (alguém me acha um!) – Olhem para ele lá embaixo. Um Voyage, né? Não, meninos e meninas. Um Fox. O Voyage que a VW fez para exportar para os EUA e Canadá no final dos anos 80 e início dos 90 — de 1987 a 1993, para ser exato. Não vou lembrar o […]

SÃO PAULO (alguém me acha um!) – Olhem para ele lá embaixo. Um Voyage, né? Não, meninos e meninas. Um Fox. O Voyage que a VW fez para exportar para os EUA e Canadá no final dos anos 80 e início dos 90 — de 1987 a 1993, para ser exato. Não vou lembrar o número preciso, mas na época diziam que ele tinha mais de 100 items modificados em relação ao modelo vendido aqui — 112 modificações, se bem me lembro. Estou numa fase Google-free. Então, se quiserem o número correto, procurem.

Sei que eu olhava para esse carro e não conseguia ver 112 mudanças para o meu verde metálico 1.8, dos grandes carros que tive na vida. Faróis, lanternas, para-choques, aqueles olhos-de-gato laterais, que na verdade eram lanterinhas, velocímetro em milhas, painel invocado com comandos satélites, o que mais? Emblema atrás: Fox em vez de Voyage. Meia-dúzia de diferenças, mas é claro que tinha um monte de coisa mecânica e itens de segurança, aquelas frescuras exigidas pelo mercado americano que não saberei precisar quais eram — uma delas era injeção eletrônica no lugar de carburador, certeza.

E sei também que nessa configuração ianque o bichinho ficava bonito demais. Já vi um ou outro rodando no Brasil, mas nunca soube se eram originais ou se não passavam de Voyages (e Paratis, que também foram enviadas para lá como Fox Station Wagon) decorados com os detalhes estéticos de exportação — procurando bem, dava para comprar uma coisa ou outra no Brasil, afinal era tudo fabricado aqui.

Um amigo me mandou o link de um à venda nos EUA. Custa 1.100 dólares, uma ninharia. Muito rodado, é verdade, com ferrugem aqui e ali, mas plenamente recuperável. Diz esse amigo que vira e mexe aparece um no eBay. Não sei quantos foram exportados, mas não devem ter sido muitos, porque são raros lá, inclusive. OK, dei um Google, 200 mil. Provavelmente a maioria acabou num ferro-velho, compactado por aquelas máquinas assassinas de amassar carros, virando cubos de metal depois transformados em panelas ou granadas.

Fato é que eu me esforçaria por um igual a esse da foto, pingada no Facebook pelo Mário Cézar Buzanfan.