Blog do Flavio Gomes
F-1

É O QUE TEMOS

SÃO PAULO (meio calmo, ainda) – Estamos na metade de julho e a silly season deste ano anda fraquinha. Talvez porque haja poucos carros na F-1, e porque nas equipes de ponta não parece que muita coisa vai mudar. Exceção feita à Ferrari, que pode provocar um brevíssimo efeito dominó — derrubando uma única peça. […]

SÃO PAULO (meio calmo, ainda) – Estamos na metade de julho e a silly season deste ano anda fraquinha. Talvez porque haja poucos carros na F-1, e porque nas equipes de ponta não parece que muita coisa vai mudar. Exceção feita à Ferrari, que pode provocar um brevíssimo efeito dominó — derrubando uma única peça.

Bottas é o nome da vez, na opinião de seu companheiro Felipe Massa. É para tudo isso? Seria ele um piloto capaz de mudar a história de uma equipe? Acho que exageram um pouco. No máximo, um bom substituto para um desinteressado Raikkonen, que não dá a menor pinta de que vá ficar em Maranello, na F-1, nas pistas, quiçá no planeta.

[bannergoogle] As últimas grandes mudanças aconteceram no ano passado, a saída de Alonso e a chegada de Vettel. A vaga que se abriu na Red Bull não causou nenhum frisson, assim como o lugar que Fernandinho ocupou não desalojou ninguém de peso na McLaren.

Na boa, vive-se uma era de poucos nomes interessantes. Hamilton e Vettel são os únicos que ainda despertam algum interesse, carregam certo carisma e apetite por vitórias e conquistas. Alonso, coitado, é só um nome. Vai ficar para a história como um dos melhores, mas igualmente como aquele que quase nunca esteve no lugar certo e na hora certa. Como ele, há outros bons pilotos alocados em cockpits que não permitem sequer sonhar com uma vitória, e que por isso mesmo um dia vão se cansar de fazer figuração de luxo. Exemplos? Hülkenberg e Ricciardo.

O fato é que não há disputa entre equipes por qualquer piloto. Bottas interessa à Ferrari e a mais ninguém. Interessa é a conta bancária de gente como Maldonado, Nasr, Ericsson, Pérez. Se Valtteri sair, OK, eis um bom lugar para correr, a Williams. Mas não se iludam. O time não vai buscar alguém fora do radar cada vez mais restrito da categoria — como já fez no passado com Villeneuve e Zanardi, ou como a McLaren tentou com Andretti. Existe uma legião de pilotinhos “de testes” prontos para rechear a bolsa de quem colocá-los para correr.

Resumindo, não haverá nenhuma troca de cadeiras capaz de parar a Paulista.