SÃO PAULO (monte o seu) – Muito legal essa brincadeira: montar sua equipe dos sonhos na F-1, com um carro, um chefe e dois pilotos. Bernie Ecclestone fez isso e surprendeu. Escolheu Jochen Rindt e Fernando Alonso como pilotos, colocou o banido Flavio Briatore na chefia e deu a eles dois Brabham BT49 — o carro do título de Piquet em 1981.
[bannergoogle] Gostei muito da escolha do carro. O BT49 está, fácil, em qualquer lista dos dez mais lindos de todos os tempos, além de ter aquela beleza que Enzo Ferrari adorava — vencia corridas. Rindt, único campeão póstumo da história, é uma lembrança bastante digna. Alonso, por sua vez, é aquele que vai encerrar a carreira tendo vencido menos do que poderia, seja por escolhas erradas, seja por azar, mesmo, de estar no lugar errado, na hora errada.
Briatore vai, como se diz, “gerar polêmica”. O italiano, ex-vendedor de camisetas pólo da Benetton nos EUA, caiu de paraquedas na F-1 no finalzinho dos anos 80 e em pouco tempo dominou o paddock, conquistou títulos, descobriu talentos, apostou nas pessoas certas, foi um furacão. Mas fez inúmeras cagadas, também, a maior delas, como se sabe, Cingapura/2008. Nesse escândalo, foi um escroto, um cara que não merecia estar no esporte — em nenhum esporte. Mas não foi o único agente dessa história. Qualquer adjetivo que se atribua a ele pelo que aconteceu naquela corrida deve ser emprestado aos demais personagens que participaram de tudo.
Pelo que notei, Bernie montou seu “dream team” mais por conta de preferências pessoais e memória afetiva do que, propriamente, pensando numa equipe imbatível. Seria fácil montar algo assim: Ross Brawn, Schumacher, Senna, McLaren MP4/4, por exemplo. Mas que graça isso teria?
Então, vou montar minha equipe — e façam o mesmo vocês. Baseado nas minhas lembranças e gostos. O chefe seria Eddie Jordan. Os pilotos, Piquet e Villeneuve (os pais, bem entendido). O carro, a Tyrrell 006 de 1973.
