Mas vamos de primeiro dia de Monza, porque o tempo não para. Antes, porém, alguns temas que ficaram pendurados ontem merecem alguns comentários de Vossas Senhorias.
– Bernie Ecclestone vai fazer 85 anos e não pensa em aposentadoria. Diz que quando se levanta pela manhã, pensa que tem 21… Lembra com saudades de Max Mosley e critica a “democracia” da F-1. “Hoje, para mudar qualquer coisa, todo mundo tem de estar de acordo”, lamentou. Em alguns casos, acho que Bernie tem razão. É muita conversa e pouca decisão.
– Hamilton não quer saber de ver a Mercedes fornecendo motores para a Red Bull, que anda às turras com a Renault. Para ele, é alimentar um inimigo perigoso demais. Também acho que tem razão.
– Lewis, aliás, chegou a Monza com os cabelos descoloridos. Só para registrar.
– “Tem gente aqui que só quer ver sangue”, foi o que disse Federico Gastaldi, dirigente da Lotus, sobre om processo que Charles Pic está movendo contra a equipe. Ora, bolas… Por que não cumprem o que foi prometido? Pic está certo de reclamar. Não quer sangue. Quer apenas que façam o que disseram que fariam — no caso, uns dias de testes, pelos quais pagou.
Agora, ao treino.
Hamilton Supla dominou ambos, tendo na escolta, previsivelmente, Rosberguinho.
Os motores Mercedes estão nadando de braçada no Parco di Monza. Os oito carros que usam as unidades de força alemãs se colocaram entre os dez primeiros, com a Ferrari de intrusa — Vettel em terceiro, Raikkonen em sexto.
Corrida de uma parada só, rápida (porque dura pouco mais de uma hora) e veloz (porque é o circuito de maior média de velocidade), é barbada para os mercêdicos. E se Nico ainda quer alguma coisa deste campeonato, é melhor se coçar. Até a loirice de Hamilton hoje é melhor que a de Rosberguinho. Te vira, negão. Digo, te vira, alemão. O negão está se virando, e muito bem.
