Blog do Flavio Gomes
F-1

LONE STAR (2)

SÃO PAULO (bom dia) – Não tinha muito o que fazer. A chuva constante e forte, as condições impraticáveis, o furacão chegando, o treino sendo adiado, e depois de três horas a direção de prova foi obrigada a cancelar a classificação de hoje em Austin. Mas foi bom. Bom para a zoeira. Pilotos e mecânicos, […]

lonestar2SÃO PAULO (bom dia) – Não tinha muito o que fazer. A chuva constante e forte, as condições impraticáveis, o furacão chegando, o treino sendo adiado, e depois de três horas a direção de prova foi obrigada a cancelar a classificação de hoje em Austin.

Mas foi bom. Bom para a zoeira. Pilotos e mecânicos, do jeito que dava, resolveram entreter o pequeno público nas arquibancadas dançando, jogando boliche com latinhas, imitando equipe de remo, batendo uma bola e, até, colocando pais de pilotos no cockpit — Jos Verstappen e Carlos Sainz vestiram macacões e capacetes e trocaram de lugar com os filhos.

No fim, os organizadores chamaram as pessoas que estava tomando chuva na arquibancada para visitar o pit-lane, pilotos deram autógrafos, tiraram fotos, e no fim da tarde foram embora.

[bannergoogle] O grid do GP dos EUA será definido amanhã às 9h locais, 12h de Brasília. Possivelmente com chuva, ainda. Certamente com pista molhada. O terceiro treino livre aconteceu hoje, debaixo de muita água, e se não for possível mais andar até a hora da corrida, é o resultado dele que vai determinar o grid — e Hamilton, que foi o mais rápido da sessão, largará na pole.

Isso, claro, acreditando que vai ter corrida. No horário da largada, 14h locais, é provável que esteja chovendo de novo. A realização da prova vai depender de sua intensidade. Falando nela, na chuva, por alegados motivos de segurança os portões do autódromo ficaram fechados até o meio-dia, e assim o treino matinal só pôde ser visto pela TV.

Pobres torcedores americanos. Foram obrigados a engolir, em 2005, aquele GP de seus carros em Indianápolis que feriu mortalmente a F-1 em território ianque. Demorou para voltar. Agora, no entanto, não dá para culpar ninguém, a não ser Patricia.

Só nos resta torcer para as coisas melhorarem. E para que os mexicanos, os mais atingidos pelo furacão, consigam lidar com a tragédia e reduzir seus danos e vítimas.