Blog do Flavio Gomes
F-1

SOBRE ONTEM DE MANHÃ

SÃO PAULO (folga forçada) – Cá estou, sem poder trabalhar na TV por causa de um terçol que deixou meu linho olho azul esquerdo coberto por uma pálpebra inchada. Mas dá para enxergar e escrever, pelo menos. Amanhã vou usar um tapa-olho. Não gosto de ficar fora do programa porque os caras ficam me zoando. […]

SÃO PAULO (folga forçada) – Cá estou, sem poder trabalhar na TV por causa de um terçol que deixou meu linho olho azul esquerdo coberto por uma pálpebra inchada.

Mas dá para enxergar e escrever, pelo menos. Amanhã vou usar um tapa-olho. Não gosto de ficar fora do programa porque os caras ficam me zoando.

Vamos lá, Rússia.

Guardei esta foto como símbolo do momento de Hamilton. Está numa fase muito boa, o rapaz. Pessoal e profissionalmente, como diz o Faustão. Está, basicamente, se divertindo. Não tem nada de sexista no que estou dizendo — nada a ver com as meninas. Se divertir é isso. Poderiam ser 20 crianças, 20 bandeirinhas da corrida, 20 mecânicos da Mercedes. O cara está feliz, é isso.

Lewis será campeão nos EUA, é minha aposta. Repito a conta mais fácil: uma dobradinha da Mercedes, com ele em primeiro, encerra a brincadeira — porque, neste caso, Vettel, o atual vice-líder, faria 15 pontos, no máximo, e não poderia mais alcançar o inglês. Se Hamilton vencer em Austin, chega a 327 pontos. Rosberg, se for segundo, vai a 247 e só poderia chegar a 322 se vencesse as três seguintes. Vettel, se chegar em terceiro no Texas, vai a 251 e pode alcançar 326 com três vitórias nas provas que fecham o Mundial.

Portanto, é muito fácil encerrar a disputa na próxima etapa do campeonato. Basta apenas que se repita um resultado que já aconteceu seis vezes neste ano — nos GPs da Austrália, China, Canadá, Inglaterra, Bélgica e Japão.

[bannergoogle] Pitacos:

– Legal a lembrança de Hamilton a Ross Brawn, que na prática montou esse time. O ex-chefe da Ferrari assumiu o espólio da Honda no fim de 2008 e montou uma equipe. Foi campeão no ano seguinte com Jenson Button, incrível. Em 2010, esse time virou Mercedes. Os frutos começaram a ser colhidos rapidamente com três pódios em 2010. Em 2011, o desempenho foi bem discreto, mas em 2012 veio a primeira vitória, Hamilton chegou em 2013, foram mais nove pódios e três vitórias, e o domínio absoluto imposto a partir de 2014. Brawn tem muito disso aí. Schumacher, que largou a aposentadoria em 2010 e aceitou correr mais três anos, também.

– Na festa da Mercedes hoje, pelo bi dos Construtores, Rosberg também foi elogiado pelo inglês. “É o companheiro de equipe perfeito”, disse. Eu também acharia… “Não é meu ano”, falou Rosberguinho. “Ele vai ter de acionar o ‘mode 2016′”, reconheceu o chefinho Toto Wolff.

– Não registrei ontem, registro hoje. Foi engraçado o Alonso falando sobre o senso de humor de seu engenheiro quando este lhe disse que sua corrida era contra Massa.

– Christian Horner disse que Ferrari e Mercedes têm medo da Red Bull, e por isso não vão vender seus motores. Minha sensação hoje: vão se acertar com a Renault.

– Se largasse mais à frente, o pódio estaria no bolso. Foi a avaliação de Massa. Sim, no de Bottas, provavelmente. Desculpem a maldade… Mas é que Felipe precisa encaixar um fim de semana inteiro bom. Não adianta ir mal na classificação e bem na corrida. Ou vice-versa. De qualquer maneira, os elogios pelo quarto lugar de ontem permanecem intactos. Ele fez, sim, um corridão.

– Kimi x Bottas. Não sei se minha simpatia pessoal por Raikkonen faz com que minha avaliação do acidente seja mais complacente. Valtteri tem todos os motivos do mundo para estar puto. Mas ainda acho que Kimi apenas tentou algo possível. Sei lá. Se fosse outro piloto, talvez minha avaliação fosse mais rigorosa, pelo histórico do envolvido.

Pirelli e F-1 se acertaram e de 2017 a 2019 os pneus da categoria serão feitos pelos italianos. O contrato atual termina no fim do ano que vem. Esqueçam guerra da borracha. A Michelin, com sua ideia de pneus de perfil baixo e rodas maiores, perdeu.