Blog do Flavio Gomes
Cinema

DICA DO DIA

SÃO PAULO (uau!) – Alguém já tinha ouvido falar desse filme? Me desculpem a ignorância, mas eu, não. “Os Campeões”, de Carlos Coimbra, foi lançado em 1981. O Nê Lemos mandou a dica, valiosíssima. Ele será exibido no domingo, dia 15, às 9h40 no Canal Brasil (150 ou 650 na NET). [bannergoogle] Mas se você […]

SÃO PAULO (uau!) – Alguém já tinha ouvido falar desse filme? Me desculpem a ignorância, mas eu, não. “Os Campeões”, de Carlos Coimbra, foi lançado em 1981. O Nê Lemos mandou a dica, valiosíssima. Ele será exibido no domingo, dia 15, às 9h40 no Canal Brasil (150 ou 650 na NET).

[bannergoogle] Mas se você não tem TV por assinatura, sem problemas. Está inteirinho aí embaixo. Com imagens inacreditáveis de Jacarepaguá, Interlagos, Brasília, Tarumã, Divisão 3, Fórmula 1, Supervê, Stock e outras coisas. Fora que as imagens das cidades, dos carros da época, do Brasil de 30 anos atrás, putz, são de matar.

E os pilotos? Até Alain Prost participa! E Chico Landi! E Patrese, Mario Andretti, Jarier, Pironi, Arnoux, Emerson, Piquet… As imagens do GP do Brasil de F-1 que abrem o filme são de 1980, em Interlagos. Imagina isso hoje! A equipe de filmagem seria abatida a tiros pelos soldados de Bernie.

Alguns dos atores: Armando Bógus, o português Tony Correia, Monique Laffond, Tamara Taxman, o grande José de Abreu (fazendo papel de piloto vilão!) e até Wilza Carla. Nos créditos achei também uma “consultoria” de Norman Casari, um dos meus dois ídolos no automobilismo. As cenas da festa na boate, também no começo, com Bógus fingindo ser estrangeiro, deveriam estar em algum compêndio de clássicos do cinema universal.

É meio zoado, verdade. Para ser sincero, bastante. A corrida de Tarumã acaba acontecendo em… Interlagos! Mas tudo bem. O que vale é o registro de época, não só do automobilismo, como das técnicas cinematográficas, dos primórdios do merchandising (quase toda cena tem alguma marca sendo mostrada), o retrato dos costumes, da linguagem, das gírias, das roupas, até do politicamente incorreto (o moleque chama a Wilza Carla de “baleia”). Do ponto de vista cinematográfico, é um filme ruim. Mas nem é isso que está em questão. Cenas de corridas antigas no Brasil são tão raras, que no fim das contas tudo vale a pena — até as bobagens e clichês típicos do cinema meio tosco que se fazia no país naqueles tempos.

Enfim, não dá pra não ver. Simples assim. É divertido. Arrume um tempo. Se vire.