[bannergoogle]SÃO PAULO (non stop) – A vitória 44 do #44 foi considerada por ele como a melhor de todas. Não saberia avaliar. Foi bonita, sem dúvida, pela aposta na parada única e na longevidade dos pneus ultramacios. Muitas corridas são definidas por decisões dos pilotos. Essa foi uma delas. No ano passado, uma orientação da Mercedes tirou a vitória de Hamilton lá mesmo, em Monte Carlo. Ele não se esqueceu. Nada como um ano depois do outro. Desde 2008 Lewis não vencia no Principado. Mereceu.
– Como merecia Ricciardo, que disse depois da corrida que não gosta de ser “a história triste do dia”. Uma boa frase: “Não gosto de ser a história triste do dia”. Vou anotar. Quanto ao pit stop, a Red Bull explicou o que aconteceu. Os mecânicos estavam com pneus macios prontos para a troca. De repente, a partir do “pit-wall” — que em Mônaco fica no segundo andar, e não na mureta –, resolveram em cima da hora trocar para os supermacios e avisaram pelo rádio, porque não há contato visual entre a chefia e os comandados nos boxes apertados do Principado. Talvez se houvesse esse contato visual, alguma ação pudesse ter contornado o equívoco. Entre as ordens e as contra-ordens (tem hífen, essa desgraça?) via rádio, chegou o piloto. Os mecânicos bateram cabeça, sem culpa nenhuma, e resolveram a parada da melhor maneira possível. “Erro de comunicação” é a melhor definição para o que aconteceu. Mas pode-se chamar de “cagada”, também.
– A Force India conseguiu o quarto pódio de sua história, com o terceiro lugar de Pérez — eleito o “Piloto do Dia” pelo povo da internet. O mexicano (na foto) foi o responsável por outros dois, sempre em terceiro lugar: no Bahrein em 2014, e na Rússia no ano passado. O primeiro pódio do time foi obtido por Giancarlo Fisichella, segundo colocado no GP da Bélgica de 2009.
– Passou batido, mas no fim de semana a Red Bull anunciou que por mais dois anos vai usar os motores Renault. E a Toro Rosso, também. A parceria entre a montadora francesa e os rubro-taurinos começou em 2007. A filial, por sua vez, usou Cosworth em 2006, Ferrari de 2007 a 2013, Renault em 2014 e 2015 e, neste ano, voltou a comprar os Ferrari. Ano que vem, volta a compartilhar o mesmo equipamento da matriz. Mas, na Red Bull, a unidade de força seguirá sendo chamada de TAG Heuer — o que é meio ridículo, mas é assim.
– Ao vencer ontem em Mônaco, Hamilton passou a ser o segundo piloto que mais liderou corridas na história. O inglês esteve pelo menos uma volta na frente em 87 GPs — desses, ganhou 44. Só perde para Schumacher, que ponteou 142 provas — e faturou 91 delas. Lewis deixou para trás seu ídolo Senna, que foi líder em 86 corridas — das quais saiu vencedor em 41.
– Segue sendo um mistério a falta de ritmo e de confiança de Rosberg em Monte Carlo. O sétimo lugar foi quase uma tragédia. Pelo menos sua atitude ao deixar Hamilton passar, no começo da prova, foi elogiada por todos no time. Inclusive o companheiro e desafeto inglês.
– Seguem os já tradicionais gráficos piréllicos sobre o uso da borracha em Mônaco.