Blog do Flavio Gomes
F-1

SOBRE ONTEM DE MANHÃ

[bannergoogle]SÃO PAULO (non stop) – A vitória 44 do #44 foi considerada por ele como a melhor de todas. Não saberia avaliar. Foi bonita, sem dúvida, pela aposta na parada única e na longevidade dos pneus ultramacios. Muitas corridas são definidas por decisões dos pilotos. Essa foi uma delas. No ano passado, uma orientação da […]

[bannergoogle]SÃO PAULO (non stop) – A vitória 44 do #44 foi considerada por ele como a melhor de todas. Não saberia avaliar. Foi bonita, sem dúvida, pela aposta na parada única e na longevidade dos pneus ultramacios. Muitas corridas são definidas por decisões dos pilotos. Essa foi uma delas. No ano passado, uma orientação da Mercedes tirou a vitória de Hamilton lá mesmo, em Monte Carlo. Ele não se esqueceu. Nada como um ano depois do outro. Desde 2008 Lewis não vencia no Principado. Mereceu.

– Como merecia Ricciardo, que disse depois da corrida que não gosta de ser “a história triste do dia”. Uma boa frase: “Não gosto de ser a história triste do dia”. Vou anotar. Quanto ao pit stop, a Red Bull explicou o que aconteceu. Os mecânicos estavam com pneus macios prontos para a troca. De repente, a partir do “pit-wall” — que em Mônaco fica no segundo andar, e não na mureta –, resolveram em cima da hora trocar para os supermacios e avisaram pelo rádio, porque não há contato visual entre a chefia e os comandados nos boxes apertados do Principado. Talvez se houvesse esse contato visual, alguma ação pudesse ter contornado o equívoco. Entre as ordens e as contra-ordens (tem hífen, essa desgraça?) via rádio, chegou o piloto. Os mecânicos bateram cabeça, sem culpa nenhuma, e resolveram a parada da melhor maneira possível. “Erro de comunicação” é a melhor definição para o que aconteceu. Mas pode-se chamar de “cagada”, também.

– Faltou falar de algumas punições da corrida de ontem. Bottas levou 10s em seu tempo final por bater em Gutiérrez. Com isso, caiu de 11º para 12º. Kvyat perderá três posições no grid em Montreal por causar acidente com Magnussen. A mesma pena foi aplicada a Ericsson, pelo toque em Nasr.

– A Force India conseguiu o quarto pódio de sua história, com o terceiro lugar de Pérez — eleito o “Piloto do Dia” pelo povo da internet. O mexicano (na foto) foi o responsável por outros dois, sempre em terceiro lugar: no Bahrein em 2014, e na Rússia no ano passado. O primeiro pódio do time foi obtido por Giancarlo Fisichella, segundo colocado no GP da Bélgica de 2009.

– Passou batido, mas no fim de semana a Red Bull anunciou que por mais dois anos vai usar os motores Renault. E a Toro Rosso, também. A parceria entre a montadora francesa e os rubro-taurinos começou em 2007. A filial, por sua vez, usou Cosworth em 2006, Ferrari de 2007 a 2013, Renault em 2014 e 2015 e, neste ano, voltou a comprar os Ferrari. Ano que vem, volta a compartilhar o mesmo equipamento da matriz. Mas, na Red Bull, a unidade de força seguirá sendo chamada de TAG Heuer — o que é meio ridículo, mas é assim.

– Ao vencer ontem em Mônaco, Hamilton passou a ser o segundo piloto que mais liderou corridas na história. O inglês esteve pelo menos uma volta na frente em 87 GPs — desses, ganhou 44. Só perde para Schumacher, que ponteou 142 provas — e faturou 91 delas. Lewis deixou para trás seu ídolo Senna, que foi líder em 86 corridas — das quais saiu vencedor em 41.

– Segue sendo um mistério a falta de ritmo e de confiança de Rosberg em Monte Carlo. O sétimo lugar foi quase uma tragédia. Pelo menos sua atitude ao deixar Hamilton passar, no começo da prova, foi elogiada por todos no time. Inclusive o companheiro e desafeto inglês.

– Seguem os já tradicionais gráficos piréllicos sobre o uso da borracha em Mônaco.