SÃO PAULO (never ends) – Hamilton falava à Sky depois da corrida de ontem, quando Vettel interrompeu a entrevista e perguntou, às gargalhadas: “Você não viu as gaivotas? Você não é um defensor dos animais!”. E começou a rolar o papo, e os editores começaram a procurar a imagem, e lá estava: Sebastian travando as rodas para não atropelar um casal (o casal é licença poética minha) de gaivotas no meio da pista na Curva 1 de Montreal. Foi uma das boas histórias dessa corrida, que não foi grande coisa, mas teve Hamilton citando Muhammad Ali, o que valeu a tarde.
E teve Verstappen se defendendo magnificamente de Rosberg, o que lhe valeu o título de “Piloto do Dia” concedido pelo amigo internauta da F-1 — prêmio que não vale nada especial, exceto para que a F-1 diga aos quatro ventos que é toda chegada numa interatividade.
E teve boataria comendo solta, com a Renault começando um namoro com Sainz Jr., piloto que foi meio ofuscado pelo talento de Verstappen, mas que é muito bom, também. Mais discreto, talvez.
[bannergoogle]E teve uma boa discussão sobre o erro da Ferrari que teria jogado a corrida no colo de Hamilton. Foi mesmo um erro? Se foi, por que estavam todos sorridentes no fim da prova? Porque talvez não tenha sido um erro tão grande. A Mercedes, como contou Hamilton no vídeo acima, também iria parar duas vezes. A Ferrari aproveitou um safety-car virtual para chamar Vettel, decisão acertada para perder menos tempo — desde que seus rivais diretos fizessem o mesmo. Mas, aí, a Mercedes mudou sua estratégia. Como Sebastian parou cedo demais, se Hamilton fosse capaz de segurar a onda com os pneus seria possível parar uma vez só. E ele fez isso. O azar de Vettel é que o safety-car virtual durou muito pouco. O alemão poderia ganhar um tempão por ter parado naquela hora. Ganhou um tempinho. Não foi o bastante. Sobre isso, tem uma ótima análise do Renan do Couto no GRANDE PREMIUM.
E tem a já tradicional radiografia pneumática da Pirelli para vocês entenderem a corrida toda.
