Blog do Flavio Gomes
#69

E VEIO TEMPO…

SÃO PAULO (enfim) – É preciso treinar. Tudo que aconteceu de ruim com o Bon Voyage neste ano, exceção feita à vitória em Curitiba, foi culpa minha. Não fui treinar nunca, por um motivo ou outro, chegava a poucos minutos da classificação — teve um dia que nem classificação fiz, porque perdi a hora miseravelmente –, […]

voyage2106SÃO PAULO (enfim) – É preciso treinar. Tudo que aconteceu de ruim com o Bon Voyage neste ano, exceção feita à vitória em Curitiba, foi culpa minha. Não fui treinar nunca, por um motivo ou outro, chegava a poucos minutos da classificação — teve um dia que nem classificação fiz, porque perdi a hora miseravelmente –, queria que tudo desse certo na corrida.

Claro que não é assim que a banda toca.

Hoje fui treinar cedo. Não estava escalado para nenhum programa na TV pela manhã, dormi cedo ontem, levei o moleque na escola de pijama (é muito legal sair de carro de pijama), passei no apartamento que está reformando, peguei as coisas de corrida dentro do DKW, que está lá, vesti as roupas de baixo, aquelas antichama, anti-chama, antixxama, an-tichama, aquelas que não pegam fogo, enfim, coloquei macacão e sapatilhas e toquei para Interlagos.

No caminho, um café e um croissant, porque sou fino. Cheguei na hora, com folga, fiz a inscrição, conversei com a equipe — Nenê, Marcônio, Pascoal e Toninho –, me explicaram o que foi feito no carro desde a última prova, recomendaram que desse umas duas voltas só para aquecer a bagaça porque estava muito frio, 12 graus, e fui para a pista.

E quando um carro está bom, a gente sente de cara. Os tempos começaram a baixar naturalmente, passei a levar mais a sério o cronômetro com parciais, e acabou vindo uma volta em 2min10s638. Se eu tivesse encaixado os três melhores trechos, que foram feitos em voltas distintas, meu tempo seria de 2min08s831. Assim, essa é a meta, o número mágico. O carro vira isso. Basta acertar uma volta perfeita — para meus padrões, claro.

[bannergoogle]Foi o melhor tempo do Bon Voyage até hoje em Interlagos, este digníssimo 2min10s638. Em dezembro, virei 2min12s587 (se fizesse as três melhores parciais daquele dia, chegaria a 2min11s139). Em janeiro, 2min12s097 (2min10s344 com os três melhores setores). A velocidade máxima registrada hoje foi de 173,34 km/h. Em dezembro, 178,13 km/h. Pode ser que tenhamos perdido um pouquinho de reta. Tem a ver com o câmbio, bem diferente daquele que usávamos no fim do ano passado. Mas, no miolo, o carro melhorou um monte.

Por estar animado com o resultado, escrevi tanto — o que não fazia sobre a Classic havia algum tempo. Confesso que nos últimos meses minhas corridas vinham trazendo mais aborrecimentos que alegrias. Pode ser que o jogo vire.

Amanhã classificamos às 8h35. A largada será às 11h30. Torçam.