Blog do Flavio Gomes
Caminhões

APAIXONEI

SÃO PAULO (Gurgel, Gurgel…) – Putz, não lembro quem mandou a dica, aí nos comentários. Mas assim que abri a página indicada, fui atrás de mais informações. E encontrei mais um ótimo texto no “Top Gear”. Estamos falando do pequeno OX. Não sei bem como defini-lo. Um caminhão? Uma picape? Um mini-caminhão? Uma super-picape? Fiquemos […]

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SÃO PAULO (Gurgel, Gurgel…) – Putz, não lembro quem mandou a dica, aí nos comentários. Mas assim que abri a página indicada, fui atrás de mais informações. E encontrei mais um ótimo texto no “Top Gear”.

Estamos falando do pequeno OX. Não sei bem como defini-lo. Um caminhão? Uma picape? Um mini-caminhão? Uma super-picape?

Fiquemos com caminhãozinho.

[bannergoogle]Esse troço foi mostrado pela primeira vez em 2013. Mas, agora, parece que vai. E a ideia é genial: um caminhãozinho que possa ser vendido para países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Que seja barato. Que possa ser exportado desmontado em contêineres, seis por vez. Que possa ser montado rapidamente por operários locais — três pessoas montam um em 12 horas, no máximo. Que seja robusto. Que ande em qualquer terreno. Que não quebre. Que seja fácil de consertar. Que salve a humanidade, enfim.

OK, é meio exagerado salvar a humanidade. Mas seu criador, Sir Torquil Norman — de acordo com o “Top Gear”, ex-piloto de caça, advogado, economista, banqueiro e magnata da indústria de brinquedos –, investiu três milhões de libras no projeto e calcula que o OX vai custar entre 10 mil e 15 mil dinheiros da rainha. Multiplique por cinco para chegar ao valor em michel-têmeres-golpista. Ele quer vendê-lo para organizações de ajuda humanitária, agências de fomento que atuem no Terceiro Mundo, órgãos da ONU, entidades assistenciais. “Meu sonho é que cada cidade na África tenha um OX”, disse.

O trem de força vem todo do Ford Transit, um furgão popularíssimo — e muito feio — na Inglaterra. Motor a diesel, câmbio de cinco marchas, paineis que se transformam em rampa, rodas de aro 16. Suas suspensões são intercambiáveis. A posição de dirigir é central, para que seja usado em qualquer mercado — os de “mão inglesa” e onde o volante fica do lado esquerdo. Seu manual de instruções para montagem é todo impresso com pictogramas, para que seja compreendido em qualquer país.

[bannergoogle]Mas, agora, o melhor. O projetista é Gordon Murray. Ele mesmo.

Precisa apresentações? Acho que não. O sul-africano, mago da F-1 nos anos 80, tem um currículo que inclui as Brabham campeãs com Piquet em 1981 e 1983, além do melhor McLaren de todos os tempos, o MP4/4 de 1988. Murray disse em entrevistas que nenhum carro que construiu na vida lhe deu mais orgulho que o OX. Ele pesa 1.700 kg, e pode carregar 1.800 kg. “A relação do custo por kg carregado quando comparado a uma Hilux é cinco vezes menor”, contou.

O OX é tão simples e tão feinho, que acaba sendo lindo. Tomara que dê certo, esse projeto, e que, realmente, ele se espalhe pelo mundo. Porque o mundo está precisando de simplicidade.