Blog do Flavio Gomes
Stock Car

REVOLUÇÃO NA STOCK

SÃO PAULO (tremeu tudo) –  A Red Bull está deixando a Stock Car. Desde 2007 na categoria, a marca papou dois títulos de equipes, três de pilotos, ganhou 27 corridas e fez 27 poles. É um cartel e tanto. Ao final de sua décima temporada nas pistas brasileiras, em parceria com o time de Andreas […]

cacaprocesso

SÃO PAULO (tremeu tudo) –  A Red Bull está deixando a Stock Car. Desde 2007 na categoria, a marca papou dois títulos de equipes, três de pilotos, ganhou 27 corridas e fez 27 poles. É um cartel e tanto.

Ao final de sua décima temporada nas pistas brasileiras, em parceria com o time de Andreas Mattheis, veio a ordem da Áustria. Acabou a farra. E quando se trata de patrocínio, absolutamente tudo na Red Bull é decidido na matriz, na Europa. Os três pilotos apoiados pelo energético, no entanto, seguem com parcerias pessoais: Cacá Bueno, Daniel Serra e Felipe Fraga.

O terremoto na Stock terá efeito em cascata, com intensa mudança de cadeiras. O GRANDE PREMIUM apurou que Cacá está de malas prontas para a Cimed, equipe de seu pupilo Fraga — líder do campeonato — e de Marcos Gomes — que, provavelmente, deixará o time. Mattheis, por sua vez, já amarrou um contrato de patrocínio com o laboratório Prati-Donaduzzi que garante boa parte do orçamento necessário para 2017. Entre os possíveis pilotos está Antonio Pizzonia. Serrinha talvez siga na equipe.

A saída da Red Bull não é uma boa notícia nem para a Stock, nem para o automobilismo brasileiro. Suas cores se estabeleceram com competência e resultados na última década. E as latinhas, obviamente, emprestavam prestígio ao campeonato. Afinal, é marca globalizada com fortíssimo vínculo com o esporte a motor. Além do mais, o Brasil oscila entre o segundo e o terceiro lugares no consumo de bebidas energéticas no mundo, revezando-se com a China — os EUA lideram esse ranking.

Os motivos da saída não foram informados. Os textos oficiais foram compreensivelmente laudatórios ao período na Stock, mas não houve alegação formal nenhuma — crise econômica, queda de audiência, desinteresse crescente pelo automobilismo. Tudo que se pode fazer, nessa hora, são ilações — e elas recaem sobre crise, queda, desinteresse…

Enfim, motivos à parte, é uma pena. Patrocinadores fortes fazem bem a qualquer esporte. Quando eles se mandam, a pancada é sentida.