Blog do Flavio Gomes
F-1

ENTRE OS LAGOS (15)

SÃO PAULO (passando a régua) – Algumas coisinhas que merecem destaque para fechar o sábado, assuntos que merecem vossa atenção — e comentários. – Magnussen foi oficialmente anunciado pela Haas como companheiro de Grosjean para o ano que vem. Ele até tinha uma proposta da Renault, mas era um contrato muito curto, de apenas uma […]

SÃO PAULO (passando a régua) – Algumas coisinhas que merecem destaque para fechar o sábado, assuntos que merecem vossa atenção — e comentários.

– Magnussen foi oficialmente anunciado pela Haas como companheiro de Grosjean para o ano que vem. Ele até tinha uma proposta da Renault, mas era um contrato muito curto, de apenas uma temporada. Não quis.

– Gutiérrez, que perdeu o lugar para o dinamarquês no time americano, se sentiu “injustiçado“. Admitiu que negocia com a Sauber. Tem grana para isso, do bilionário Carlos Slim.

– O que acaba sendo um obstáculo para Nasr. O brasileiro disse que nenhum anúncio sobre sua permanência na Sauber será feito neste fim de semana. Tem gente do Banco do Brasil aqui, vendo a corrida de perto. Teoricamente, estão discutindo o assunto. Felipe II depende do patrocínio do banco para ficar. Mas seu contrato com a instituição financeira termina no final do ano. Não há muitos sinais de que o BB pretenda gastar com F-1 no ano que vem, considerando que o governo golpista que assumiu o país promete cortar custos.

A Ferrari resolveu apelar do resultado de seu recurso contra a punição de Vettel no México. Ontem, como se sabe, a FIA manteve o pênalti ao alemão, ao não aceitar como “novos elementos” as evidências que o time italiano apresentou para sustentar sua defesa. Está ficando meio ridículo, isso.

– O assunto não tem feito muito barulho no Brasil, mas na Inglaterra não se fala em outra coisa — no mundinho do automobilismo, claro. Ron Dennis está para ser chutado da McLaren. Um grupo chinês estaria disposto a comprar a equipe, ou parte dela, e com apoio dos acionistas majoritários pretende mandar um recadinho ao dirigente informando que a porta da rua é serventia da casa. Incrível. Dennis trabalhou na McLaren, depois comprou o time, fez dele uma potência esportiva, transformou-o num grupo fortíssimo de engenharia e tecnologia, e agora corre o risco de ser mandado embora. O mundo capitalista é de uma crueldade assustadora. Em homenagem a Ron — por quem não tenho nenhuma simpatia particular, mas respeito profundamente, publico a foto abaixo. Para ele lembrar dos bons tempos em que uma garagem bastava.

– Bernie Ecclestone continua colocando o GP do Brasil em dúvida. Falou ao Grande Prêmio que só no fim do mês o suspense sobre a manutenção da prova no calendário vai terminar. O promotor da corrida, Tamas Rohonyi, disse em entrevista ao site, que vai ao ar amanhã, que a etapa deste ano vai dar prejuízo. E a previsão para o ano que vem é ainda mais tétrica. Não tenho acesso às contas do evento, mas rombos milionários não costumam deixar pedra sobre pedra. OK, o contrato vai até 2020, mas ninguém paga a fatura se a coisa não reverter. Tamas é um cara inteligente, costuma mandar recados pela imprensa. Pode ser que este tenha sido enviado ao prefeito coxinha que assume no ano que vem. A ver.

– Sobre a sala de imprensa nova, que detonei ontem em textão no blog, um acréscimo: o local antigo, ao contrário do que eu imaginava, não está ocupado por VIPs comendo canapés e tomando uísque falsificado. Está vazio. Vazio! O prédio que fica acima dos boxes está vazio! Uma amiga, da organização, me informou que aquilo está “condenado”. Claro que não vai desabar. Mas, pelo que entendi, não dá para usar. Causa-me espécie. Gastou-se bastante dinheiro para reformar boa parte do autódromo. Se aquele pedaço estava tão ruim, que se usasse lá o que se usou aqui neste bunker deprimente. Não adianta. Não engulo certas coisas.