Blog do Flavio Gomes
F-1

SEM MALÁSIA

SÃO PAULO (é longe…) – Melhor a F-1 se coçar. A Malásia vai cumprir seu contrato até 2018, fará mais dois GPs, e não pretende seguir no calendário. Motivo? Custos e falta de interesse. Fiz seis ou sete corridas em Sepang. A questão do desinteresse é histórica — nunca aquele elefante branco ficou lotado. É […]

sepangfora

SÃO PAULO (é longe…) – Melhor a F-1 se coçar. A Malásia vai cumprir seu contrato até 2018, fará mais dois GPs, e não pretende seguir no calendário. Motivo? Custos e falta de interesse.

Fiz seis ou sete corridas em Sepang. A questão do desinteresse é histórica — nunca aquele elefante branco ficou lotado. É um belo autódromo, colado no não menos belo aeroporto de Kuala Lumpur, mas sempre me pareceu exagerado.

Para o público, é duro assistir a essa prova. O calor é insuportável e mesmo as áreas cobertas são como estufas. O desconforto é enorme, embora a população local esteja acostumada com a fornalha. Mas como a Petronas, estatal petrolífera do país, bancava a conta, tudo bem.

[bannergoogle]Ocorre que a questão central é grana. Bernie aumentou demais, nos últimos anos, as taxas cobradas de países/cidades para levar seu cirquinho aos endinheirados locais. Normalmente, conta com a generosidade de governos. Mas mesmo países ricos têm de fazer contas. Cingapura anda torcendo o nariz para a corrida. Alemanha, Brasil e Canadá vivem na corda bamba.

É melhor repensar algumas coisas. Antigamente, neguinho se estapeava para receber um GP. Atualmente, alguns contratos são considerados um estorvo por governos e organizadores. Índia, Turquia e Coreia do Sul se arrependem profundamente de terem embarcado nessa aventura caríssima.

Daqui a pouco, vão ter de implorar para um país receber um GP.

Abre o olho, moçada.