SÃO PAULO (todo mundo desconfiado) – Bem, acabou a pré-temporada. Depois de oito dias de treinos em Barcelona, uma primeira — e otimista — conclusão: pode ser que tenhamos um campeonato, se a Ferrari confirmar, em corrida, o que fez nos testes. Mas é bom lembrar que no ano passado a equipe italiana também fechou a bateria de treinos com o melhor tempo de todos. E foi o que todo mundo viu.
[bannergoogle]Hoje, Raikkonen entrou na casa de 1min18s. E foi só ele. No fim das contas, a Mercedes abriu mão de fazer barulho e aproveitou o último dia para andar, andar e andar. Com tanque cheio, testando várias possibilidades pneumáticas. Bottas foi o quarto mais rápido e Hamilton, o quinto. Nada de espetacular, no cronômetro. Mas o time mostra segurança — apesar de suas atualizações em relação à primeira sessão não terem empolgado muito. E alguma preocupação com a Ferrari. Aliás, a julgar pelo que disse Kimi hoje — que ainda não chegou ao limite do carro –, pode ser que se justifique uma pulguinha dentro do capacete. Mas isso só vai dar para saber na Austrália.
Minha maior curiosidade neste momento, tirando as duas ponteiras, é saber como vai se sair Felipe Massa. É voz corrente nas conversas de paddock que o tipo de carro que este novo regulamento impõe se encaixa no estilo de pilotagem que mais agrada o brasileiro. Rob Smedley, seu chefe na Williams — e velho amigo desde os tempos em que era seu engenheiro na Ferrari — chegou a dizer que um Massa parecido com o de 2008 será visto nesta temporada. “O carro mais rápido nas curvas combina com ele”, falou. A ver. De vez em quando converso com Felipe por sinais de fumaça. E ele está realmente bem animado. A ponto de, creio, pensar em esticar a carreira bem além de 2017.
Vejam os tempos de hoje e depois volto com os pitacos finais da pré-temporada:
– Falando em Felipe, interessantíssima a matéria assinada pelo Thiago Arantes — repórter do Grande Prêmio em Barcelona — sobre a recepção que o brasileiro teve de seus colegas quando anunciou que iria continuar correndo. Ninguém mandou sequer uma mensagem de texto. A F-1 realmente não é para amadores.
[bannergoogle]- Hamilton, por sua vez, segue cultivando amizades fora das pistas. Esteve no Camp Nou quarta-feira para ver a inacreditável patacoada do Paris Saint-Germain diante do Barcelona. Foi a convite de Neymar, com quem saiu para uma balada depois do jogo. Segundo o inglês, aquilo que o time catalão fez em campo deve servir de inspiração para a Mercedes “virar o jogo” diante da Ferrari.
– E adivinha quem teve problema de motor de novo? Adivinhou. A McLaren, com Alonso. Duas paradas por falta de potência. Reina no caos na Honda. O calvário de Fernandinho será notícia o ano todo.
Agora, com vocês. Quero que deem seus palpites para as quatro primeiras colocações do campeonato. Tenho o meu, e vai aqui mesmo: Hamilton, Vettel, Bottas e Massa.