Blog do Flavio Gomes
F-1

A HORSE WITH NO NAME (1)

SÃO PAULO (suei aqui) – Está interessante esse começo de temporada. Mesmo. No calorão do Bahrein, hoje, a Ferrari foi melhor. Hamilton reclamou das temperaturas. Disse que está atrás da rival. Será assim o ano inteiro? Tomara. Ou “tomare”, como eu dizia quando era criança. Dizia “imbigo”, também. Vettel teve um pequeno piripaque de noite, Raikkonen […]

bah17c

SÃO PAULO (suei aqui) – Está interessante esse começo de temporada. Mesmo. No calorão do Bahrein, hoje, a Ferrari foi melhor. Hamilton reclamou das temperaturas. Disse que está atrás da rival. Será assim o ano inteiro?

Tomara. Ou “tomare”, como eu dizia quando era criança. Dizia “imbigo”, também. Vettel teve um pequeno piripaque de noite, Raikkonen também teve o seu de tarde, no primeiro treino, mas em linhas gerais dá para afirmar que os vermelhos vêm forte amanhã e, principalmente, na corrida. Ou, pelo menos, um deles. Kimi segue atrás, embora hoje tenha sido apenas pouco mais de 0s1 mais lento que Sebastian. Quem andou bem foi Bottas, a 0s041 do líder. E Ricardão, encostando nos dois, a 0s066 de Tião Italiano. Lewis foi apenas o quinto.

[bannergoogle]Surpresas? Além de Ricciardo, que até achou esquisito seu desempenho, Hulk em sexto. A Renault precisa começar a converter em pontos o bom desempenho em treinos. Com Palmer vai ser difícil, o cara é muito ruim, mas com Hülkenberg dá. Assim como a Williams, que não anda no frio, mas se dá bem no calor. O sétimo lugar de Massa não me deixa mentir. Precisa virar ponto, como em Melbourne. Ele anda bem nessa pista, onde venceu em 2007 e 2008. Claro que nada parecido acontecerá agora, aqueles eram tempos de Ferrari, luta pelo título e tal. Mas dá para imaginar um resultado bem melhor para o brasileiro do que domingo passado na China. Já seu companheiro Stroll saiu com os pés queimados do treino. Sei lá o que aconteceu.

A figura do dia foi Bernie Ecclestone, que apareceu em um autódromo pela primeira vez no ano. Agora removido da posição de dono da F-1, o ex-chefão (ou chefinho) falou pelos cotovelos e de tudo. Primeiro, sobre Alonso. Disse que se ainda mandasse alguma coisa, tentaria junto à McLaren vetar sua participação em Indianápolis. Depois, comentou o novo momento da categoria sob a batuta dos americanos do Liberty Media Group e previu que as taxas cobradas dos promotores de corridas terão de ser reduzidas. “Ninguém está lucrando nada”, afirmou. Justo quem… Pombas, foi ele quem inflacionou o mercado! Mas agora que a grana é dos outros, Bernie prega valores mais baixos. Bem, está na dele. Não é mais problema seu. Por fim, comentou a situação de Interlagos, que o “prefake” de São Paulo pretende vender. Para Ecclestone, a F-1 só continua no Brasil se alguém comprar o autódromo. Caiu na conversa do homem do suéter no pescoço, que chegou a colocar ele, Bernie, como possível comprador. Chance zero. Vão por mim. E a corrida continua.

[bannergoogle]E para fechar o dia — na verdade, foi a notícia que abriu a sexta-feira –, registre-se a confirmação de Jenson Button no lugar de Alonso em Monte Carlo. Era a escolha óbvia. O inglês pendurou o capacete no ano passado, mas manteve contrato com a McLaren. Teoricamente, tiraria um ano sabático para, quem sabe, voltar em 2018 — o que não vai acontecer, a fila anda.

Nas circunstâncias, porém, não havia muitas alternativas. Um novato que nunca sentou num carro de F-1? Sem testar? Para cair de paraquedas justo em Mônaco? Simplesmente não tem. Piloto sem nada para fazer que poderia estar pronto para correr, tipo Nasr? Bem, se estivessem a fim, teriam dificuldade de achá-lo. Por onde anda Nasr? Maldonado? Não creio que fosse uma boa ideia. E os reservas oficiais Turvey e Matsushita só têm crachá da firma. Não poderia ser outro, mesmo.

Amanhã a briga vai ser boa pela pole. E o horário é de gente, meio-dia para nosotros no Brasil. Apostas? Eu vou de Vettel na pole, só para variar um pouco.