Blog do Flavio Gomes
F-1

SPANADAS (1)

RIO (aqui, sol!) – Uma batida forte de Felipe Massa no primeiro treino livre foi o que de mais relevante aconteceu nesta sexta-feira na Bélgica. O brasileiro não sofreu nada, mas a Williams não pôde reconstruir o carro para a segunda sessão. Que, por sua vez, foi abreviada por uma deliciosa pancada de chuva na meia […]

umbelgica1RIO (aqui, sol!) – Uma batida forte de Felipe Massa no primeiro treino livre foi o que de mais relevante aconteceu nesta sexta-feira na Bélgica. O brasileiro não sofreu nada, mas a Williams não pôde reconstruir o carro para a segunda sessão. Que, por sua vez, foi abreviada por uma deliciosa pancada de chuva na meia hora final, tirando todo mundo da pista e deixando a turma debaixo d’água nas arquibancadas.

Aliás, a Williams nem tentou reconstruir o carro. Assim que ele chegou aos boxes, o time decidiu trocar o chassi. A montagem de um novo carro foi iniciada e mesmo que tivesse sido concluída, Felipe não poderia treinar porque o regulamento não permite que um piloto use mais de um chassi por dia.

O brasileiro vive uma fase estranha. Na Hungria, já não correu por passar mal nos treinos. Agora essa. Pelo menos do ponto de vista físico, disse ontem que está bem e recuperado.

[bannergoogle]Hamilton foi o mais rápido da sexta-feira, com folgas. Era esperado. Numa pista como a de Spa, motor conta muito. E assim foi. Esta corrida, em condições normais, deve ser vencida pela Mercedes. Para Vettel, a estratégia deve ser a de minimizar o prejuízo, como se diz. Mas ele terá outro adversário, além dos carros prateados: Raikkonen, que costuma andar muito bem no circuito das Ardenas.

A volta da F-1 de suas férias, portanto, foi razoavelmente tranquila e dentro do esperado. Os de sempre na frente, os de sempre atrás. E chuva em Spa, algo que andava em falta.

Fora do asfalto molhado, a notícia que caiu como uma bomba — de alcance restrito, reconheça-se — foi a possibilidade de Alonso se transferir para a Williams no ano que vem. Por trás da ideia estaria Lawrence Stroll, pai do jovem Lance, disposto a investir na equipe para que ela volte a ser vencedora e forte, como nos anos 90. Papai Stroll considera que um cara como o espanhol seria capaz de aglutinar o time e mudar seu status de ex-grande.

Faz sentido. A McLaren anunciou outro dia a renovação de Vandoorne, e sabe que Alonso só fica se alguém conseguir convencê-lo de que o projeto com a Honda não será novamente risível em 2018. Não há muitos indícios nessa direção. A Williams pode dar um salto incrível no ano que vem? Quem sabe? Motor tem. Carro, ultimamente, é quase uma questão de sorte aliada a investimentos pesados em pessoal técnico. Dinheiro Mr. Stroll tem de sobra.

Nessas, claro, Massa dançaria. Seu contrato é de apenas um ano.

De novo, faz algum sentido.