Blog do Flavio Gomes
F-1

ALLONS ENFANTS (2)

MOSCOU (favoritaço) – Não era muito difícil apostar numa pole de Hamilton hoje em Paul Ricard. A pista parece que foi desenhada para a Mercedes. Mais um motorzão novo à disposição, e foi uma das mais fáceis das 75 de sua carreira. Bottas ficou em segundo. Os prateados, a não ser que aconteça alguma surpresa […]

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MOSCOU (favoritaço) – Não era muito difícil apostar numa pole de Hamilton hoje em Paul Ricard. A pista parece que foi desenhada para a Mercedes. Mais um motorzão novo à disposição, e foi uma das mais fáceis das 75 de sua carreira. Bottas ficou em segundo. Os prateados, a não ser que aconteça alguma surpresa sobrenatural, fazem 1-2 amanhã também.

[bannergoogle]Mas pode chover. Aliás, já choveu neste sábado. No terceiro treino livre, a água atrapalhou um pouco aqueles que precisavam de tempo de pista para ajeitar as coisas. Mesmo assim, tem muita gente torcendo por uma pista molhada amanhã, para ter a chance de fazer algo diferente.

Na classificação, a pista estava seca. O Q1 eliminou os patéticos pilotos da Williams e a trôpega dupla da McLaren, além de Hartley. “O carro é lento e estamos andando para trás”, disse Alonso. Bidu.

No Q2 dançaram os dois da Force India, mais Gasly, Hülkenberg e Ericsson. Tudo normal. Aliás, quase tudo: o incrível Leclerc passou ao Q3, algo que a Sauber não conseguia desde 2015. E o moleque simplesmente se classificou em oitavo no grid, à frente da dupla da Haas e atrás de uma Renault, de Sainz Jr. — quase um segundo lugar virtual no grid, desconsiderando os seis pilotos das três grandonas.

É um fenômeno? Pode ser cedo para dizer isso, mas que é bom, é. E que está na hora de a Ferrari começar a olhar para ele com um pouco mais de carinho, está.

Ferrari que larga em terceiro com Vettel e sexto com um desanimado Raikkonen, tendo entre eles os dois da Red Bull — pela ordem, Verstappinho e Ricardão. Os italianos vão largar com os pneus ultramacios. A Mercedes, com os supermacios, usados no Q2. Fará diferença. A Ferrari vai tentar um primeiro stint mais veloz, parando necessariamente antes que Hamilton e Bottas. Aparentemente, a estratégia padrão será de apenas um pit stop. Tem sido uma das características destes pneus de 2018, o baixo índice de desgaste, que permite longas séries de voltas sem maiores problemas com a borracha.

Hamilton é muito favorito para levantar o troféu mais bonito do dia amanhã no sul da França. Dez anos atrás, a honra coube a Felipe Massa, vencedor da última prova realizada no país, em Magny-Cours.

Parece que foi em outro século. Mas faz apenas uma década. As coisas têm acontecido rápido demais.