Blog do Flavio Gomes
Museus & coleções

FORD PARA TODOS

MOSCOU (tem Corcel?) – Recebi no início da semana o relato sobre o fim desta coleção/museu de modelos da Ford na Holanda, desmanchada após a morte de seu criador. Os filhos resolveram leiloar tudo. Espero que caiam em boas mãos. [bannergoogle]A maior coleção de carros clássicos da Ford do mundo, reconhecida pelo Livro Guiness dos […]

MOSCOU (tem Corcel?) – Recebi no início da semana o relato sobre o fim desta coleção/museu de modelos da Ford na Holanda, desmanchada após a morte de seu criador. Os filhos resolveram leiloar tudo. Espero que caiam em boas mãos.

[bannergoogle]A maior coleção de carros clássicos da Ford do mundo, reconhecida pelo Livro Guiness dos Recordes em 2002, foi a leilão neste sábado, na Holanda. Os mais de 220 veículos compunham o acervo do Museu Den Hartogh, que o empresário do ramo de transporte Piet den Hartog formou durante 50 anos. Entre eles, preciosidades como Modelos A, T, V8, caminhões e vans de várias épocas em estado surpreendente de conservação.

A coleção completa foi leiloada no sábado (23), atraindo ofertas de todo o mundo. O total combinado da venda foi de € 6.157.353 (aproximadamente R$ 27.226.000). A troca de lances mais longa foi de um Ford Model B Side Entrance Tonneau, vendido por € 419.750 (cerca de R$ 1.856.000).

A paixão de Piet pela Ford começou desde criança, quando seu pai comprou um caminhão Modelo T, em 1924. Já adulto, ele sempre estava em busca de novas pérolas para a coleção, que cresceu e foi dividida em três partes. Na primeira, ficavam os Modelos T e outros pioneiros, além de ônibus e Lincolns. A segunda era reservada aos Modelos A e V8, incluindo peruas com painel externo de madeira, um conceito americano incomum na Europa, pelas quais o empresário tinha uma predileção especial. A terceira parte da coleção era formada por veículos comerciais, como caminhões de polícia, bombeiros, entregas e venda de pipoca e sorvetes, que podem ser considerados os avôs dos “food-trucks”.

Piet faleceu em 2010 e o museu fechou as portas para o público em 2016. “Sem meu pai não era a mesma coisa”, conta Pieter den Hartogh, filho do colecionador. “Meu pai era um homem apaixonado e queria compartilhar essa obsessão com todos. Esses carros foram parte importante de nossas vidas e chegou a hora de encontrar novos lares onde eles possam ser igualmente admirados e preservados.”