Blog do Flavio Gomes
F-1

SOBRE DOMINGO DE MANHÃ

MOSCOU (promessa é dívida) – A imagem acima mostra como a Inglaterra estava toda animadinha domingo passado. No dia anterior, o English Team eliminara a Suécia na Rússia e se classificara para as semifinais da Copa. Para elevar ainda mais o astral, Hamilton fizera a pole para a corrida de Silverstone. A Inglaterra dançou na […]

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A referência à Copa pintada no chão: no fim, a taça não voltou para casa coisa nenhuma…

MOSCOU (promessa é dívida) – A imagem acima mostra como a Inglaterra estava toda animadinha domingo passado. No dia anterior, o English Team eliminara a Suécia na Rússia e se classificara para as semifinais da Copa. Para elevar ainda mais o astral, Hamilton fizera a pole para a corrida de Silverstone.

A Inglaterra dançou na Copa três dias depois, batida pela Croácia na prorrogação. E Lewis, no domingo, perdeu a corrida, disparando impropérios contra a Ferrari. OK, pediu desculpas depois. Mas nosso Maurício Falleiros, que não deixa escapar nada, pescou o estado de ânimo do inglês depois da prova. Adorei o “Hamilton pistola”!

Bom, não adiantou nada ter ficado nervosinho. O melhor mesmo é a Mercedes se coçar, porque depois da tripleta europeia que começou com a vitória de Lewis em Paul Ricard, a Ferrari virou o jogo na Áustria e na Inglaterra.

E os alemães, quatro dias depois, anunciaram uma completa reestruturação em seu corpo técnico que, obviamente, já estava prevista mas ficou com cara de “precisamos mexer nessa bagaça toda”.

A verborragia da turma da Mercedes deixou a patota de Maranello justificadamente zangada. Especialmente as críticas de James Allison, que não usou meias-palavras para acusar Raikkonen de bater deliberadamente em Hamilton na largada, para ajudar Vettel a ganhar a corrida. E ainda chamou o finlandês de “incompetente”.

A resposta veio também sem meias-palavras…

A FRASE DE SILVERSTONE

Arrivabene: no mesmo tom

“Quem é incompetente? Kimi? Quem ele pensa que é para julgar o que os pilotos fazem dentro de um carro? Se disse isso mesmo, Allison deveria se envergonhar. Ele trabalhou em Maranello muitos anos, mas agora quem tem de ensiná-lo a se comportar como um gentleman na Inglaterra somos nós.”

Maurizio Arrivabene, chefe da Ferrari, não menos que puto com o ex-funcionário do time italiano, hoje militando nas hostes prateadas

[bannergoogle]A Ferrari acabou mesmo jogando água no chope britânico — que já não é grande coisa, visto que os habitantes daquela ilha têm o estranho hábito de tomá-lo em temperaturas próximas da indecência. E vai tentar estragar a cerveja alemã daqui a dois domingos em Hockenheim.

Onde se bebe muito, diga-se. Uma das marcas registradas do GP da Alemanha, no meio da torcida, são as pirâmides formadas com latinhas de cerveja. Isso nas áreas de camping e no parque que cerca o autódromo, claro. Há até concursos para ver quem consegue montar a pilha mais alta. Só que os caras ficam bêbados antes de fazer a contagem e proclamar o resultado.

E esse papo etílico nos leva ao…

NÚMERO INGLÊS

…vitórias soma Sebastian Vettel agora, após o triunfo em Silverstone. Isso o coloca ao lado de Alain Prost na terceira colocação de uma das mais nobres estatísticas da categoria — a mais importante, claro, refere-se aos títulos. Para quem não lembra, os dois pilotos que mais venceram na história são Michael Schumacher (91) e Lewis Hamilton (65). É muito difícil superar a marca de Michael. Mas não impossível, se a Mercedes mantiver sua hegemonia por mais duas ou três temporadas e Hamilton seguir faminto como o conhecemos. Quanto a Vettel, superar Prost é uma questão de pouco tempo.

Mariana com os irmãos Fangio

Relendo o textão de segunda-feira, notei que esqueci de registrar a presença dos filhos de Juan Manuel Fangio nos boxes de Silverstone, convidados pela Alfa Romeo. Oscar e Rubén assistiram à prova nos boxes da Sauber e foram entrevistados por Mariana Becker. Ela mesma escreveu sobre o encontro entre os dois irmãos tardios.

História maravilhosa. Rubén descobriu aos 63 anos que era filho do argentino pentacampeão mundial. Fangio oficialmente não deixou herdeiros, mas tanto Oscar quanto Rubén, muito parecidos fisicamente com o pai, conseguiram provar na Justiça que são filhos biológicos do “Chueco”. Vão herdar uma fortuna.

Foi pela Alfa Romeo que Fangio correu suas duas primeiras temporadas na F-1. Também pela marca ganhou o primeiro GP — em Mônaco, 1950 — e o primeiro título — em 1951. Muito legal a ideia de levar os meninos a Silverstone. Eles curtiram de montão.

Para terminar, e já me desculpando pelo enorme atraso deste rescaldão — não vai se repetir, Copa agora só em 2022, e a próxima será em dezembro, sem corrida no meio –, aquilo que vocês passam horas ansiosos para saber: o que gostei e o que não gostei do GP. Vamos lá.

F1
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GOSTAMOS… da <<< taça entregue a Sebastian Vettel, um troféu de verdade, dourado, cheio de rococós, que fica bonito em qualquer estante. Nada de pistinha estilizada, orangotango de loja de brinquedos chineses ou cocozinho de banco. Nessa taça aí dá, inclusive, para beber champanhe.

Williams: só derrota

NÃO GOSTAMOS… de ver a Williams novamente dando vexame, com Sirotkin e Stroll >>> rodando por um seriíssimo problema na asa traseira — quando o DRS era desativado, a pressão aerodinâmica não era recuperada imediatamente, deixando o carro “solto” na curva seguinte.