Blog do Flavio Gomes
F-1

SOBRE DOMINGO RETRASADO

SAINT BRIEUC (pensaram que eu ia esquecer, é?) – Gente, férias são férias. Mas mesmo assim mantenho meus compromissos. Vou aproveitar a noite tranquila para fazer o que tinha de ter feito segunda-feira RETRASADA, nosso rescaldão pós-Hungria. Pelo menos garantindo os quadros fixos da seção. Começamos com a imagem do GP: A cara de Verstappinho […]

SAINT BRIEUC (pensaram que eu ia esquecer, é?) – Gente, férias são férias. Mas mesmo assim mantenho meus compromissos. Vou aproveitar a noite tranquila para fazer o que tinha de ter feito segunda-feira RETRASADA, nosso rescaldão pós-Hungria. Pelo menos garantindo os quadros fixos da seção. Começamos com a imagem do GP:

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Max: bico do tamanho do mundo

A cara de Verstappinho é daquelas autoexplicativas, dispensam até legenda. A quebra do motor logo no começo da corrida deixou o moleque muito, mas muito puto. Mas não só ele. Já divorciada da Renault, a Red Bull também já não mede mais palavras para criticar sua fornecedora de motores. Então, é dessa crise que vem…

A FRASE HÚNGARA

Horner: além de tudo, perdeu o piloto

“Pagamos milhões por um produto que supomos ser de primeira linha, mas estamos vendo claramente o que vem acontecendo. É frustrante. Agora vamos esperar o Cyril [Abiteboul] vir aqui depois da corrida com suas desculpas de sempre.”

Christian Horner, chefe da Red Bull, mencionando o diretor da Renault que, aparentemente, não só não deu desculpa nenhuma como, uma semana depois, tirou Daniel Ricciardo da equipe reclamona.

Sobre Ricardão e sua saída do time das latinhas, falamos em post recente. Foi uma grande surpresa para todo mundo e estou curioso para ver no que vai dar. São dois anos de contrato, apenas. Ele a Renault têm plena consciência de que em 2021 a F-1 vira de cabeça para baixo de novo e que até lá a relação de forças, estável há alguns anos, deve ganhar alguma volatilidade com o novo regulamento de motores, a aposentadoria previsível de Raikkonen, a possível saída de Alonso, as incertezas sobre a Honda e tudo mais. Outro fator que deve ter ajudado o australiano a tomar sua decisão: Verstappen, com quem não curte muito dividir o mesmo teto.

O NÚMERO DE HUNGARORING

…pódios alcançou Kimi Raikkonen com o terceiro lugar em Budapeste. Ele é o quinto nas estatísticas. Apenas quatro pilotos passaram dos três dígitos em troféus até hoje: Schumacher (155), Hamilton (126), Prost e Vettel (106). Dois deles em atividade. O finlandês entra nesse grupo fácil, neste ano. Só em 2018, foram oito pódios em 12 corridas.

O terceiro lugar do ferrarista foi arrancado a fórceps, já que ele foi um dos dois únicos a parar duas vezes numa corrida em que um pit stop acabou sendo o padrão da imensa maioria — o outro foi Hülkenberg. Conseguiu nas voltas finais, ao aproveitar a treta entre Vettel e Bottas, que se arrastava havia mais de 50 voltas com um jogo de pneus colocado no início com a única intenção de perturbar Vettel.

No fim, foi chamado de “ótimo escudeiro” por Toto Wolff. O que o deixou magoadinho. Claro que nosso cartunista oficial Maurício Falleiros não podia deixar escapar a oportunidade…

Bottas, por sinal, foi um dos grandes personagens da corrida com seu dia de fúria. Ele quase tirou os dois pilotos da Ferrari da prova — um acidente triplo não aconteceu por pouco no final — e na defesa da posição contra Ricciardo, nas voltas derradeiras, só faltou usar um tacape para acertar a cabeça do adversário. O moço estava tomado.

E faltou alguma coisa? Claro, faltou a clássica “Gostamos & Não gostamos”. Que hoje vai bem resumido com fotos minúsculas porque já se faz tarde da noite na Bretanha e pretendo sair bem cedo amanhã. E se tem uma coisa que dá trabalho é alinhar esse troço.

GOSTAMOS – Do sexto lugar de <<< Pierre Gasly, menino que, do jeito que vão indo as coisas, coloca-se hoje como principal candidato à vaga aberta na Red Bull com a saída de Ricciardo. Ele já tem 26 pontos no campeonato e vem impressionando bem.

NÃO GOSTAMOS – Dessa história que está cada vez mais quente de Fernando Alonso >>> na Indy. O papo nem foi tão intenso durante o fim de semana da corrida, mas esquentou nos últimos dias. Como viveremos sem os rádios do Alonso?