RIO (sol!) – Bom, foi um domingo diferente, este de Suzuka. Classificação pela manhã, corrida à tarde. Pilotos até gostam disso. Resolve tudo num dia e pronto.
A Ferrari dominou o treino que definiu o grid e fez 1-2, com um Vettel surpreendente voltando a largar na frente de Leclerc depois de nove canudos acumulados. Foi a 57ª pole de sua carreira, segunda no ano. Fez uma volta realmente sensacional.
Mas as coisas começaram a dar errado para ele na largada. O alemão pulou antes do tempo (não foi punido porque segundo a FIA a queimada estava dentro dos limites de tolerância, que não foram especificados) e foi ultrapassado por Bottas, que era o terceiro no grid. Valtteri ganhou a corrida aí. Controlou a prova como quis e mereceu sua terceira vitória na temporada. Com o terceiro lugar de Hamilton, a Mercedes garantiu matematicamente seu sexto título consecutivo de construtores, igualando a marca da Ferrari entre 1999 e 2004.
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Não foi um GP espetacular, embora tenha sido interessante por conta do desgaste excessivo dos pneus. Que fez, por exemplo, Hamilton mudar sua estratégia de uma para duas paradas no fim, o que lhe custou o segundo lugar. Talvez se não tivesse feito o segundo pit stop no fim pudesse sustentar a posição. Mas não é muito importante. Seu título está garantido e é uma questão de tempo fechar a conta. Foi a 338 pontos contra 274 de Bottas, uma diferença intransponível de 64 pontos a quatro corridas do encerramento do campeonato.
A treta do dia aconteceu entre Verstappinho e Charleclé logo na primeira volta. O holandês ultrapassou o monegasco na primeira volta e levou um chega-pra-lá que o atirou para a última posição. No toque, o Red Bull de Max perdeu 25% de sua pressão aerodinâmica. Ele acabou abandonando a prova.
Charlinho, por sua vez, quebrou a asa dianteira e ficou na pista mesmo assim. Parou depois de quatro voltas depois de espalhar detritos pelos ares. Um deles arrebentou o retrovisor de Hamilton. Mesmo fazendo a tal corrida de recuperação para cruzar a linha em sexto, Leclerc recebeu 15s de punição — 5s por bater em Verstappen e 10s por ficar na pista com o carro todo estropiado. Caiu para sétimo. Depois da corrida, pelo Twitter, Charlinho pediu desculpas e assumiu o erro.
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O GP japonês, disputado com sol e temperatura amena depois da passagem do tufão Hagibis que cancelou as atividades de sábado, foi encerrado oficialmente uma volta antes das 53 previstas por um erro no painel eletrônico que mostra a bandeira quadriculada, acionado na 52ª. Isso não mexeu muito na classificação, exceto pela rabeira da zona de pontos. Pérez, que tinha batido na última volta, acabou classificado em nono porque valeram as posições da volta anterior. Bottas, Vettel e Hamilton fizeram o pódio. Depois deles vieram os destaques da corrida na “F-1 B”, com Albon em quarto e Sainz em quinto. Ricciardo, Leclerc, Gasly, Pérez e Hülkenberg fecharam o top-10.
A Renault ainda não sabe se ficará com seus pontos. A Racing India Force Point protestou contra o sistema de freios dos carros amarelos e pode haver punições. Aguardemos.
O fim da corrida foi a parte mais interessante, com a perseguição de Hamilton a Vettel. O inglês tinha pneus macios novos e Tião Italiano calçava médios 11 voltas mais gastos. Mesmo assim, graças a uma pilotagem segura e à velocidade de reta da Ferrari, se manteve à frente do rival, que terminou a prova reclamando pelo rádio que a estratégia da Mercedes não tinha sido lá grande coisa.
Mas foi para Bottas, que no melhor estilo finlandês, depois de receber elogios de seu engenheiro pelo rádio, mandou um “James, it’s Valtteri” antes de começar a falar.
Uai, e quem mais poderia ser, Valtteri?
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