Mas sempre pinta alguma coisa girando, como mais esta maluquice em Dubai: a Torre Giratória, ou Rotatória, para ficar na tradução literal.
Criação de um arquiteto italiano de origem israelense, David Fisher, que no site de sua Dynamic Architecture se autoproclama um “visionário”, com pouca modéstia. O grande lance: cada andar vai girar individualmente, e a porcaria não terá a mesma cara nunca.
Por que chamo isso de “porcaria”? Porque acho que o mundo anda meio “over”. Dubai, então, com suas ilhas artificiais em forma de mapa-múndi, parques temáticos, prédios mirabolantes… No dia em que acabar o petróleo, quero ver onde vão enfiar tudo isso.
Mas voltemos à Torre Giratória. Vejamos. Serão 80 andares, os 20 primeiros de escritórios, 15 para um hotel, 35 de apartamentos de 124 metros quadrados e 10 reservados para as “villas”, de 1.200 metros quadrados, com garagem privativa. Isso aí: o cara coloca sua Ferrari num elevador e dorme com ela no quarto. Coisa mais brega.
O visionário Fisher diz que a energia para girar essa trapizonga será “verde”, solar e eólica, e o prédio será feito numa fábrica: tudo pré-fabricado, em módulos, e serão necessárias 600 pessoas para construí-la. Métodos tradicionais de construção exigiriam no mínimo dois mil operários. Diz que começa nos próximos dias, se já não começou. E no fim do ano o cara quer fazer outra parecida em Moscou.
Andei lendo alguns blogs e fóruns de arquitetura por aí. Todo mundo acha esse Fisher uma besta. Lembrei também que em Curitiba tem um prédio que também gira. Não sei se deu certo, alguém tem notícias?
Pois é. É o mundo, girando e girando…